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Ásia, A.Latina e Europa darão maior contribuição para amenizar excesso petróleo

14:20 | Abr. 12, 2016
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O persistente quadro de excesso de oferta de petróleo deve finalmente ser amenizado a partir de junho, afirma a Energy Aspects, uma consultoria de energia baseada em Londres. No entanto, ao contrário do que muitos podem pensar, não será a queda de produção nos Estados Unidos ou o cortes de produção entre produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) que vai reverter essa tendência.

Ao invés disso, a firma acredita que os maiores contribuidores serão produtores localizados na América Latina, Ásia e Leste Europeu, cuja produção tem caído rapidamente e o ciclos de investimento tornam difícil reverter essa situação.

Investidores têm acompanhado de perto os dados do Departamento de Energia do Estados Unidos (DoE) atrás de evidências de que a produção norte-americana está recuando, mas o declínio, até o momento, tem sido marginal: a produção doméstica cedeu menos de 700 mil barris por dia,

Outro foco de atenção tem sido a reunião de Doha, no próximo domingo, quando grandes produtores discutirão um congelamento da produção aos níveis de janeiro ou fevereiro. Apesar das expectativas, pouco se sabe sobre o quão eficiente seria um compromisso para manter a produção próxima dos maiores patamares históricos desses países.

Existe também uma dose de ceticismo a respeito de quem está realmente comprometido com a meta: nas últimas duas semanas, Iraque e Rússia anunciaram ter estabelecido novos recordes nacionais para a produção local, ao passo que o Irã tem repetido que não vai se comprometer com nenhuma meta antes de recuperar sua participação de mercado.

Em outras regiões do planeta, no entanto, problemas surgem e já prejudicam a produção. Ataques a oleodutos na Colômbia e cortes de energia na Venezuela causaram uma redução do volume produzido nestes países. Ao mesmo tempo, a queda dos preços têm desencadeado a interrupção da produção de alguns poços no Brasil.

Para a Energy Aspects, a demanda deve começar a ultrapassar a oferta em junho, causando uma queda dos estoques globais da commodity. Ao final do ano, essa tendência deve se acelerar. Fonte: Dow Jones Newswires.

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