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Santander: energia eólica deve responder por 50% da carteira de project finance

19:30 | Mar. 02, 2016
Autor O POVO
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Os contratos de Project Finance no segmento de energia eólica devem crescer em ritmo mais acelerado este ano que outros segmentos da infraestrutura, na avaliação do Santander. O banco espera que o setor atinja 50% dos estoques na carteira, ante os 30% que representava há cerca de dois anos.

O chefe de Project Finance do Santander, Diogo Berger não revelou estimativa de valores a serem captados, mas destacou que o crescimento esperado acompanha o avanço dos projetos eólicos nos últimos anos. Atualmente existem 9 GW de projetos contratados e em construção, outros 3,6 GW entraram em operação nos últimos dois anos. Além disso, ele lembrou que o segmento eólico tem risco mais limitado que outros projetos de infraestrutura ou de outras fontes da matriz energética, o que beneficia as operações no segmento. "Eólica tem um benefício muito grande que permite diversificar: os tíquetes não são tão grandes quanto numa grande ou média usina", acrescentou.

Ainda assim, as emissões de projetos eólicos enfrentam certa resistência dos investidores, admitiu Berger, que comandou, nesta quarta-feira, 2, um evento sobre o setor fechado para fundos de pensão, assets e outros potenciais investidores e agentes do mercado financeiro com o intuito de ampliar o conhecimento na área e estimular a participação de um número maior de investidores em futuras operações. Segundo ele, existem no momento apenas entre 5 e 10 casas ativas no setor. "A ideia é dobrar esse número, e para isso precisamos fomentar o conhecimento e desmitificar o setor."

Entre as emissões que devem acontecer este ano estão três planejadas pela Casa dos Ventos, que possui um dos maiores portfólio de projetos do País. Juntas, as captações sob análise devem somar R$ 500 milhões, disse o diretor financeiro da empresa, Ivan Hong. Se confirmado, será mais que o dobro que os R$ 200 milhões captados no ano passado pela empresa, em duas operações. "Tivemos uma boa resposta (nas emissões de 2015), com uma demanda maior que a emissão", disse, admitindo, porém, que ainda há uma percepção de risco elevada para os projetos eólicos.

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