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Regulador da China promete apoio ao mercado, no caso de novas turbulências

09:50 | Mar. 14, 2016
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O recém-nomeado presidente da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CRSC, na sigla em inglês), Liu Shiyu, mostrou um tom cauteloso em sua estreia na mídia após assumir o posto. A autoridade prometeu um apoio sustentado do governo aos mercados de ações e novas intervenções, caso uma volatilidade não usual volte a ocorrer.

Liu assumiu o posto há menos de um mês, após a retirada de seu antecessor, apontado como culpado por erros que segundo os críticos contribuíram para fortes flutuações nas ações chinesas no ano passado. Em sua fala no sábado, Liu defendeu o resgate tentado pelo governo, diante da queda forte nos mercados em 2015.

Na entrevista coletiva, Liu, que ocupou cargos no Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) e mais recentemente comandou um dos quatro maiores bancos estatais do país, descreveu a grande volatilidade nos mercados de ações no ano passado como "rara" e "anormal". O governo adotou uma série de medidas sem precedentes para ajudar a estabilizar o mercado, entre elas o direcionamento de fundos estatais para comprar ações, o congelamento na oferta de novas ações e a proibição de que grandes detentores de papéis se desfizessem deles.

Liu defendeu as ações "decisivas" do governo, naquele momento de liquidez mais apertada. Caso uma volatilidade anormal como essa ocorra de novo, segundo ele, "ações decisivas ainda precisarão ser tomadas". Isso, segundo ele, estaria em linha com a meta do governo de "aprofundar as reformas econômicas".

A autoridade comentou ainda sobre o circuit breaker, que paralisa as negociações automaticamente no caso de grandes variações. O sistema chegou a ser adotado, mas acabou gerando mais volatilidade e foi abandonado menos de uma semana após ser implantado no ano passado. Segundo Liu, mesmo que tenha sido elaborado para proteger investidores, o sistema não serve para os mercados chineses, porque ele prejudica investidores individuais, que movimentam boa parte das negociações, e não as instituições. Fonte: Dow Jones Newswires.

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