Participamos do

Nova fase da Lava Jato influencia valorização do real no mercado

09:39 | Mar. 04, 2016
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

Atualizada às 13h40min
O dólar opera com forte queda na manhã desta sexta-feira, 4. Às 13h16, a moeda norte-americana caía 1,88%, vendida a R$ 3,7305. Os acontecimentos no cenário político brasileiro, com a deflagração da nova fase da operação Lava Jato - que tem como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, puxam a moeda norte-americana para baixo. Isto mostra que os ânimos no mercado melhoram à medida que a crise política se agrava.

Às 11 horas, o dólar operava próximo a R$ 3,70 com queda superior a 3% em relação ao fechamento de ontem, quando a moeda norte-americana desceu a R$ 3,80. Na mínima do dia, a queda chegou a representar 3,34%, quando o dólar ficou em R$ 3,67. A Bolsa de Valores de São Paulo chegou a operar acima de 5%, mas, às 11 horas de hoje, o índice estava próximo a 3,89%. Os destaque são as ações da Petrobras, que chegaram a valorizar 18%, mas recuaram para 11,87%.

O economista Samuel Pessoa explica a resposta do mercado às notícias da operação Lava Jato. "As pessoas veem nesses moviementos uma indicação do fim do ciclo petista no Governo. E o mercado atribui o mal desempenho da economia a decisões erradas de política e economia".

O especialista observa que os operadores de mercados acreditam que uma derrocada do atual Governo pode sinalizar para o mercado que a qualidade da política economica vai melhorar e, consequentemente, melhorar a lucratividade das empresas. Portanto, a confiança melhora, eles começam a comprar na bolsa de valores e a vender posições de câmbio, fazendo com que as ações da bolsa subam e e o real seja mais valorizado.

Contudo, como o cenário politico ainda é incerto, a resposta do mercado pode ser algo muito pontual. "Esse movimento brusco faz com que o dólar (frente ao real) caia um pouco, mas depois ele pode voltar ao normal, ao que estava sendo cotado antes".

Redação O POVO Online com Agência Brasil

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente