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Compras dos distribuidores de aço caem 21,1% em fevereiro, diz Inda

12:10 | Mar. 22, 2016
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Tipo Notícia
A compras feitas pela rede de distribuição de aço em fevereiro recuaram 21,1% em relação ao visto no mesmo intervalo do ano passado para 224,9 mil toneladas, de acordo com dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Em relação a janeiro, o recuo foi de 7,9%.

As vendas, por sua vez, caíram 11% em fevereiro na relação anual, para 242,9 mil toneladas. Ante janeiro houve uma alta de 0,6%. Com isso os estoques atingiram 906,4 mil toneladas, queda de 1,9% em relação ao mês imediatamente anterior. O giro, assim, ficou em 3,7 meses.

As importações caíram 86,3% em fevereiro na relação anual para 24,3 mil toneladas. Ante janeiro houve um recuo de 19,9%.

Para março, o Inda estima um aumento de vendas e de compras de 4% em relação a fevereiro.

Usiminas

A Usiminas anunciou à rede de distribuição um aumento de 10%, valendo a partir do dia 1º de abril, disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro. A informação, segundo ele, é de que esse movimento de ajuste deverá ocorrer também com os clientes do setor industrial sem contratos anuais.

Loureiro disse que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) também seguirá o aumento do aço plano e informou aos distribuidores um aumento de 10% a 12%, a valer no dia 6 do próximo mês. O presidente do Inda falou que a expectativa é que a ArcelorMittal siga pelo mesmo caminho.

"Nunca tivemos uma expectativa como essa, estabilidade do dólar, enormes prejuízos das usinas e prêmio negativo", disse. Loureiro acredita, assim, que esses reajustes sejam implementados. "Não tem mais gordura para se brigar pelo market share", disse.

Prêmios negativos

O prêmio do aço importado hoje está negativo, mesmo com o dólar em um patamar de R$ 3,60, disse Loureiro. Segundo ele, um recente aumento dos preços no mercado internacional tem ajudado a consolidar esse efeito. De acordo com Loureiro, ao considerar a bobina a quente o prêmio está negativo entre 5% e 6%.

A penetração do aço importado em relação ao consumo está hoje em 4,6%, considerando o primeiro bimestre deste ano.

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