Com crise, Brasil perde 23 bilionários no ranking mundial da Forbes
A Forbes aponta que Lemann, de 76 anos, deve sua fortuna à participação na Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, além de fatias nas redes de restaurante Burger King e Tim Hortons e na marca de catchup Heinz. "Lemann é um ex-campeão brasileiro de tênis que já jogou em Wimbledon. Ele vive na Suíça desde 1999, após uma tentativa de sequestro de seus filhos", diz o perfil do bilionário na revista.
No caso de Esteves, 47 anos, a Forbes lembra que o acionista controlador do BTG Pactual foi preso em novembro do ano passado, no âmbito da operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga acusações de corrupção envolvendo a Petrobras. "Ele foi libertado três semanas depois, alegando inocência à imprensa brasileira através de seu advogado", afirma o texto.
A revista lembra que ele começou como estagiário na área de tecnologia da informação do Pactual e sua carreira decolou graças ao perfil de trader ousado durante o período em que o Brasil vivia a hiperinflação.
Entre os bilionários brasileiros aparecem ainda o banqueiro Joseph Safra; o cofundador do Facebook, Eduardo Saverin; integrantes da família Marinho, dona da Rede Globo; o empresário Abilio Diniz; e membros da família Moreira Salles, do Itaú Unibanco.
No mundo, o número total de bilionários caiu para 1.810 na lista de 2016, ante o recorde de 1.826 no ano anterior. A fortuna combinada deles soma US$ 6,48 trilhões. O homem mais risco do mundo continua sendo o fundador da Microsoft, Bill Gates, com US$ 75 bilhões. Amâncio Ortega, da espanhola Zara, subiu para a segunda posição, com US$ 67 bilhões. O terceiro é o magnata norte-americano Warren Buffett, da Berkshire Hathaway, com US$ 60,8 bilhões.
Na divisão por países, os EUA lideram, com 540 bilionários. Na sequência aparece a China continental, com 251 (Hong Kong tem mais 69), e depois a Alemanha, com 120 ricaços.