Ata do Copom retira avaliação de que incertezas externas se ampliaram
Como argumentos para a decisão de manter a taxa em 14,25% ao ano, a ata informa que o colegiado considera que remanescem incertezas associadas ao balanço de riscos, principalmente, quanto ao processo de recuperação dos resultados fiscais e sua composição, ao comportamento da inflação corrente e das expectativas de inflação.
Ressalta, ainda, que estão mantidas as incertezas em relação ao cenário externo, com destaque para a preocupação com o desempenho da economia chinesa e seus desdobramentos e com a evolução de preços no mercado de petróleo.
O placar da decisão ficou, pela terceira vez, em 6 votos pela manutenção da taxa, contra 2 votos que defendem uma alta de 0,5 p.p.
Votaram pela elevação o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural, Sidnei Marques, e o diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, Tony Volpon.
O grupo majoritário, que votou pela manutenção da taxa Selic em 14,25% ao ano, afirmou que incertezas internas e externas justificam continuar monitorando a evolução do cenário macroeconômico para, então, definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária.
O grupo minoritário, segundo a ata, argumentou que seria oportuno ajustar, de imediato, as condições monetárias, de modo a reduzir os riscos de não cumprimento dos objetivos do regime de metas para a inflação, reforçar o processo de ancoragem das expectativas inflacionárias e contribuir para deter a alta das projeções de inflação.
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