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UE reduz projeção de crescimento do Reino Unido, Alemanha, França e Itália

11:35 | Fev. 04, 2016
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As economias do Reino Unido, Alemanha, França e Itália vão crescer a um ritmo mais lento do que o estimado anteriormente durante os próximos dois anos, de acordo com as previsões divulgadas nesta quinta-feira pela União Europeia (UE) em seu relatório quadrimestral.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido deverá crescer 2,1% tanto em 2016 quanto em 2017, em comparação com o crescimento de 2,4% e 2,2%, respectivamente, estimado nas previsões da Comissão Europeia realizadas em novembro.

Dados do governo do Reino Unido mostraram no mês passado que a economia cresceu 2,2% em 2015, um resultado que a UE espera que seja atualizado para 2,3%. Apesar de um crescimento mais lento do que o registrado em 2014 (+2,9%), o resultado ainda permitiu o Reino Unido ser a segunda economia das sete economias mais avançadas, logo após os EUA.

No entanto, a Comissão alertou mais uma vez que o crescimento econômico do Reino Unido continua a ser desequilibrado, com os gastos robustos do consumidor e um setor de serviços forte parcialmente afetados por uma desaceleração na produção industrial e um comércio mais fraco. Analistas veem agora exportadores lutando ainda mais do que foi estimado em novembro, uma vez que as perspectivas para economias emergentes pioraram.

Enquanto isso, os preços mais fracos do petróleo deverão arrastar a inflação anual até 0,8% em 2016, quase metade da taxa prevista em novembro. No entanto, a projeção de inflação para 2017 continua em 1,6%, em linha com as expectativas anteriores, disse a UE.

O relatório apontou ainda que os salários moderados também irão ajudar a conter a pressão sobre os preços, uma vez que novos dados sugerem que o mercado de trabalho no Reino Unido ainda tem muito espaço para criar empregos.

Para a Alemanha, a União Europeia reduziu a estimativa de crescimento do país para 1,8% este ano e em 2017, ante projeção de 1,9% feita em novembro. Segundo o relatório quadrimestral, este crescimento será apoiado pelo consumo privado e pela despesa pública adicional para integrar o fluxo recorde de imigrantes.

"O consumo privado deverá crescer acentuadamente, refletindo também níveis elevados de emprego, a alta imigração e baixas taxas de juros", disse a Comissão. A despesa pública também deverá aumentar, levando a um declínio no superávit ao longo dos próximos dois anos, disse.

"Os fundos adicionais previstos para investimento em infraestrutura e habitação social devem aumentar o investimento do setor público", disse a Comissão.

A projeção para a inflação também foi cortada diante da queda dos preços do petróleo. A estimativa aponta para uma inflação de 0,5% em 2016, antes de se recuperar para 1,5% em 2017. As projeções anteriores eram de 1,0% e 1,7%, respectivamente.

Já a Itália teve a projeção do PIB reduzida para 1,4% em 2016, de 1,5% estimado em novembro, permanecendo abaixo da média da zona do euro. A França, por sua vez, teve a projeção do PIB em 2016 revisado para crescimento de 1,3%, de 1,4% estimado em novembro. Fonte: Dow Jones Newswires.

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