BoJ pode convocar reunião emergencial se turbulência continuar, diz assessor
Etsuro Honda, ex-funcionário do Ministério de Finanças, também opinou que o governo precisa adiar um aumento no imposto de vendas, previsto para próximo ano, e deveria considerar a implementação de um novo pacote de estímulo fiscal.
Os comentários de Honda, feitos durante entrevista ao Wall Street Journal, mostram o sentimento de urgência entre formuladores de política do Japão, num momento em que a tendência de valorização do iene e de queda nas ações da Bolsa de Tóquio ameaçam prejudicar uma economia já fragilizada.
O BoJ não tem reunião de política monetária prevista até meados de março, mas Honda acredita que o BC japonês não vai esperar até lá para agir, se a sua estratégia para atingir a meta de inflação de 2% estiver sob ameaça.
"As expectativas de inflação correm o risco de se enfraquecer mais, levando-se em conta a forte queda nos preços das ações e a vigorosa alta do iene", afirmou Honda.
Honda, no entanto, enfatizou que não tem qualquer conhecimento sobre as intenções do BoJ.
Caso decida a agir de novo, o BC japonês precisará tomar medidas de "forma oportuna", expandindo seu programa de compra de ativos, que é atualmente de 80 trilhões de ienes (US$ 711 bilhões) por ano, e reduzindo ainda mais a taxa de depósitos, que no fim de janeiro foi cortada de 0,1% para -0,1%, disse Honda.
Honda afirmou ainda que está fora de cogitação Tóquio seguir em frente com um plano de elevar o imposto de vendas, em abril de 2017, de 8% para 10%. Fonte: Dow Jones Newswires.
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