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Saudi Aramco prevê que crescimento da demanda irá estabilizar petróleo

09:25 | Jan. 25, 2016
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Os próximos cinco anos serão cruciais para os mercados de petróleo, mas a oferta e a demanda vão acabar se equilibrando, com preços "moderados", segundo o presidente da petrolífera estatal saudita Saudi Arabian Oil Co. (Saudi Aramco), Khalid al-Falih.

Para Al-Falih, que falou às margens de uma conferência em Riad, a capital saudita, não deverá demorar muito para que os "preços moderados" sejam alcançados. Ele não quis prever, no entanto, quando exatamente o petróleo poderá se estabilizar.

"A demanda vai crescer, como já começou a fazer em 2015, e haverá um período não muito distante no futuro (quando) a demanda irá se igualar à oferta", afirmou o executivo saudita.

Al-Falih avaliou também, porém, que deverá chegar um momento em que a capacidade excedente será pequena e todos olharão para a Arábia Saudita "para salvar o mundo" com mais oferta.

"Não queremos que chegue esse dia. Acreditamos que os preços excessivamente altos do petróleo levaram ao mundo em que estamos", disse.

Na visão de Al-Falih, o petróleo caro gerou excesso de capitais e investimentos e criou uma situação em que "todo mundo queria contribuir para a oferta mais do que a demanda que surgia". Preços moderados, por outro lado, deverão gerar demanda e sustentabilidade geral, diz ele.

A Arábia Saudita, que é o maior exportador de petróleo do mundo, vai continuar sendo um produtor de baixo custo, mesmo que persista a tendência de baixa nos preços do petróleo. "O reino pode sobreviver nesse ambiente de preços por um período bem, bem longo", afirmou.

Ainda segundo Al-Falih, a Saudi Aramco não vai reduzir investimentos na capacidade de produção de petróleo e gás.

Sobre planos da Saudi Aramco para lançar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações, Al-Falih disse que a iniciativa não tem a ver com necessidade de capital, mas com o desejo de sinalizar que a Arábia Saudita está mais aberta para investidores externos. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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