GM faz acordo e funcionários podem voltar ao trabalho nesta terça-feira
Entre os termos do acordo, ficou acertado que a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) será de R$ 5.600,00, a ser paga na próxima sexta-feira, 29. A proposta inicial da GM era de R$ 4.250,00 e os funcionários pediam, até última sexta-feira, R$ 7.750,00.
Também ficou acertada a compensação, nos próximos seis meses, ou o desconto de metade dos seis dias parados - ou seja, reposição de três dias por parte dos funcionários. A primeira parcela do 13º salário será adiantada, com pagamento previsto para o dia 26 de fevereiro.
A montadora disse, em nota, considerar a decisão positiva, mas destacou que os problemas de produtividade na planta de São José não foram resolvidos. "A GM acredita que essa decisão é positiva, mas não resolve a situação de competitividade do Complexo de São José dos Campos, visto que a paralisação da operação na fábrica por seis dias só contribuiu para aprofundar a séria crise que afeta hoje a GM e a indústria automotiva."
"A companhia reafirma ainda que fez, desde 2012, todos os esforços para evitar o corte de empregados, incluindo férias coletivas, lay-off, banco de horas e programas de desligamento voluntário", afirmou a companhia em outro trecho da nota.
Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região não foram encontrados para comentar o acordo desta segunda-feira. Os termos do acordo judicial ainda precisam passar por aprovação em assembleia dos empregados prevista para amanhã.
Os funcionários em greve, na sexta-feira, diziam também protestar contra o não retorno de colegas que estavam em lay-off. Segundo o sindicato, cerca de 600 dos 4.200 funcionários da unidade estavam com contratos de trabalho suspensos há cinco meses e retomariam às atividades agora em janeiro.
A assessoria de comunicação da montadora esclareceu ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que, em agosto de 2015, 798 funcionários foram colocados em lay-off. A GM apontou ainda que o acordo judicial firmado à época já previa que esses empregados seriam desligados neste mês de janeiro. Segundo a empresa, o tema não foi discutido hoje nas negociações no TRT. A GM não confirma o número atual de funcionários em São José dos Campos, justificando que a companhia não divulga número de funcionários por planta.
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