Empresários de materiais de construção veem cenário regular, diz Abramat
A leitura para o mês que vem é melhor que a avaliação de janeiro, quando não houve a observação "bom". O primeiro mês do ano foi considerado regular por 42,1%, enquanto a maioria, composta por 47,4%, definiu o período como ruim. Uma fatia de 10,5% disse que janeiro foi muito ruim.
"Ao lado da continuidade da crise econômica que traz preocupação com a manutenção do emprego, o inicio do ano é um período de muitas despesas para as famílias, como IPTU, IPVA, compra de material escolar, entre outros. Dessa forma, não é surpresa a opinião negativa dos empresários da indústria de materiais sobre as vendas", afirmou o presidente da entidade, Walter Cover. A expectativa é de "alguma reação" a partir do segundo trimestre do ano, embora a perspectiva para 2016 seja de uma nova queda nas vendas.
O executivo disse ainda que os governos federal e estaduais precisam apresentar com urgência uma pauta de crescimento econômico, focada na infraestrutura e de crédito favorável para edificações comerciais e residenciais.
A Abramat informou também que, em janeiro, nenhuma empresa tem boas expectativas quanto às ações do governo para o setor da construção civil nos próximos 12 meses. A avaliação de 78,9% dos entrevistados foi de pessimismo nesta questão, enquanto os outros 21,1% revelaram indiferença.
O resultado apresentou estabilidade do otimismo, que estava em zero em dezembro e novembro. Em igual mês do ano passado, a taxa estava em 6%. Por outro lado, o histórico de pessimismo está em tendência de crescimento, com 71% em dezembro e 39% em janeiro do ano anterior.
A sondagem da associação indicou também que, na média, 37% das indústrias de materiais pretendem investir nos próximos 12 meses. O resultado representou uma melhora em relação a dezembro, quando a intenção relatada era de 35%. Em igual mês do ano anterior, o indicador estava em 56%.
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