Demanda da China por cobre e petróleo deve seguir alta, mas de minério pode cair
Ivan Szpakowski, analista do Citi, comentou que o crescimento das importações de petróleo pela China em dezembro foi puxado pela queda nos preços internacionais da commodity, pela melhora na margem de refino doméstica e pela demanda por derivados. "Os dois primeiros fatores deverão prosseguir no começo de 2016, quando ainda devemos ver níveis de importação de petróleo bruto muito fortes", disse.
Com relação ao minério de ferro, o Citi prevê que a demanda chinesa vai diminuir para 942 milhões de toneladas neste ano, de 953 milhões de toneladas em 2015. "Fundamentalmente, a demanda doméstica chinesa continua se contraindo e reduções no setor de siderurgia serão necessários", diz o relatório do banco.
O Citi também comentou o piso anunciado hoje pelo governo chinês para os preços de derivados de petróleo. Na opinião de Szpakowski, a decisão é negativa para a demanda global pela commodity. A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês) informou que um novo mecanismo para gasolina, diesel e outros produtos impedirá ajustes nos preços quando os contratos internacionais de petróleo bruto estiverem abaixo de US$ 40 por barril.
"Embora as margens das refinarias possam melhorar com essa mudança, o impacto líquido provavelmente será negativo para a demanda tanto por petróleo bruto quanto por derivados em razão da perda da contribuição positiva da elasticidade dos preços", afirmou o analista. Fonte: Dow Jones Newswires.
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