Cadastro positivo não deixará de ser útil após criação da GIC, diz Febraban
De acordo com Portugal, quando da criação do cadastro positivo, 80 bancos se associaram ao sistema. Nesta quinta, esse número saltou para 126. Afirmou ainda que a nova empresa, que terá controle compartilhado por Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Santander e Caixa Econômica Federal, poderá trabalhar em paralelo, compartilhando informações com os birôs de crédito e também por meio da venda de informações.
A GIC, em estudo há mais de dois anos pelo setor, segundo o presidente da Febraban, irá, além do cadastro positivo, atuar com cadastro de consumidores adimplentes, inadimplentes, serviços de proteção à fraude. Portugal disse que o objetivo da nova empresa é reduzir a inadimplência e ampliar a oferta de crédito no futuro. Nos Estados Unidos, por exemplo, informou ele, houve redução de 40% nos calotes após a implantação de uma iniciativa que compila informações de bons pagadores.
O presidente da Febraban afirmou ainda que a GIC também contribuirá para melhorar a competição e a qualidade das informações no segmento. Ele disse que a presença de bancos neste setor é comum ao redor no mundo, citando, por exemplo, a Alemanha.
No passado, chegaram a ter participação na Serasa, posteriormente, vendida ao grupo britânico Experian. Há cerca de três anos, a cláusula de não competição incluída no contrato da transação terminou e o birô, conforme Portugal, já havia sido informado sobre o desejo dos bancos de voltarem ao segmento. Foi, inclusive, uma das 20 empresas que participaram do processo de seleção feito para o lançamento da GIC.
A expectativa, de acordo com ele, é que a estrutura legal da empresa esteja concluída em um ano e a nova companhia esteja operacional em cerca de quatro anos. Tanto o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) quanto o Banco Central serão consultados, conforme Portugal, para concederem aval para a nova empresa.
Cada um dos bancos que terão o controle da GIC terá 20% do capital social da gestora, que também contará com um conselho de administração, composto por membros indicados pelas instituições. Os executivos, entretanto, terão dedicação exclusiva ao negócio da GIC.
A conclusão da operação está sujeita à celebração de contratos definitivos entre os bancos, bem como ao cumprimento de determinadas condições precedentes, incluindo a aprovação das autoridades regulatórias competentes.
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