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54% dos comerciantes e prestadores de serviços temem que o Brasil não supere a crise em 2016

Quando perguntados sobre o problema brasileiro mais importante a ser resolvido neste novo ano, novamente a crise econômica lidera a lista de opções
09:58 | Jan. 12, 2016
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Tipo Notícia

O maior temor de empresários, com relação a 2016, é que o País não supere a crise econômica, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com comerciantes e prestadores de serviços das 27 capitais e do interior do Brasil. A pesquisa revela que 54% dos comerciantes e prestadores de serviços ouvidos temem que a recessão seja prolongada.

Quando perguntados sobre o problema brasileiro mais importante a ser resolvido neste novo ano, novamente a crise econômica lidera a lista de opções ao lado da corrupção, ambos com 69% de menções. Outros problemas apontados pelos empresários brasileiros são os impostos elevados (65%), a inflação (49%), a falta de vontade política (40%) e a violência (39%).

Na última segunda-feira, 11, foi divulgado o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). O levantamento mostrou que os empresários da indústria cearense continuam pessimistas, pelo 10º mês consecutivo.

Com 38 pontos, o indicador se mantém abaixo da linha divisória dos 50 pontos ideais, sugerindo a descrença dos industriais do Estado em uma recuperação da economia brasileira no 1° semestre de 2016. A redução do índice, comparado com o mês imediatamente anterior, foi de 2,5 pontos. Já em comparação a dezembro de 2014, nota-se uma diferença de -12,3 pontos, e, em relação à média histórica, de -20,5 pontos.

Sete em cada dez empresários acreditam que 2015 foi pior que 2014
Apenas 5% dos comerciantes e prestadores de serviços notaram que o cenário melhorou e outros 16% disseram que não houve alteração durante 2015. O índice de empresários com percepção negativa supera o percentual de 70% em todas as regiões pesquisadas, mas cai para 53% entre os entrevistados do Nordeste.

Em meio a esse ambiente de baixa confiança com a economia do País, a situação financeira das empresas também piorou na opinião de 54% dos entrevistados, sendo que para mais da metade deles (52%), a piora decorreu do aumento dos preços de itens como matéria-prima, mercadoria e transporte, que diminuiu a margem de lucro, da diminuição do número de clientes (51%) e do aumento da inadimplência (22%). De acordo com a pesquisa, 75% dos empresários disseram ter visto empresas parceiras e concorrentes fecharem as portas neste último ano.

Metodologia
A pesquisa do SPC Brasil e da CNDL foi realizada com 822 empresários de todos os portes dos segmentos de comércio e serviços nas 27 capitais e no interior. O estudo buscou captar as percepções dos empresários sobre as condições da economia e de seus negócios ao longo do ano passado, além de captar as expectativas para 2016.

Redação O POVO Online

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