Número de bancários em greve sobe para 50 mil no segundo dia, diz sindicato
As informações são do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do País. A categoria pede um reajuste de 16% (a reposição da inflação mais um aumento de 5,6%). A proposta dos bancos, no entanto, é de 5,5%.
Os bancários também demandam a valorização dos vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 788), a manutenção do emprego e melhores condições de trabalho, com o fim das metas que consideram abusivas. A próxima assembleia será realizada na terça-feira, 13, na Quadra dos Bancários, a partir das 17 horas, quando a categoria irá decidir sobre os rumos do movimento.
Em nota, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que representa os patrões, disse que tem com as lideranças sindicais uma prática de negociação pautada pelo diálogo e reiterou que continua aberta a negociações. A entidade argumenta que o reajuste proposto de 5,5% está em linha com a expectativa de inflação média para os próximos 12 meses. A greve começou após cinco rodadas de negociações sem sucesso.
A Fenaban diz ainda que propõe um abono imediato de R$ 2.500,00 a todos os 500 mil bancários. Além disso, a proposta econômica já apresentada às lideranças sindicais prevê a participação nos lucros dos bancos, de acordo com uma fórmula que, aplicada por exemplo ao salário-piso de um caixa bancário, de R$ 2.560,00, pode garantir até o equivalente a quatro salários.