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Rosenberg Associados vê novas quedas nas vendas do varejo em 2015

11:30 | 12/08/2015
A economista-chefe da Rosenberg Associados, Thais Zara, acredita que o resultado do varejo brasileiro em junho confirma um cenário de desaceleração do consumo que já era visível no início do ano e tende a se manter no que resta de 2015, dado o quadro de deterioração do mercado de trabalho e do crédito.

"A gente tem um desempenho ruim mais ou menos generalizado (entre os setores do varejo)", disse. No acumulado dos últimos 12 meses, ela destaca as quedas expressivas de equipamentos e material para escritório, de 9,1%, e de móveis e eletrodomésticos, de 7,1%. Segundo a economista, essas categorias enfrentam um duplo desafio. Por um lado têm uma base de comparação forte, pois foram beneficiadas com a Copa do Mundo do ano passado, e por outro sofrem com a queda de demanda em função da crise, já que, como não se trata de produtos essenciais, a intenção de consumo cai em maior velocidade.

De acordo com Thais, tanto equipamentos e material para escritório como móveis e eletrodomésticos seguirão sofrendo bastante nos próximos meses, assim como veículos e material de construção. No geral, ela projeta continuidade da trajetória de desaceleração do varejo em 2015, mas com quedas não tão expressivas na margem, assim como ocorreu em junho. Conforme o IBGE, as vendas no varejo restrito recuaram 0,4% ante maio.

"Vamos continuar tendo quedas na margem, porque continuamos tendo quedas no mercado de trabalho e no crédito, então não tem como vir uma melhora. Este ano o quadro é realmente complicado", explicou. A Rosenberg projeta um decréscimo de 3% no varejo restrito em 2015.

No que se refere ao Produto Interno Bruto (PIB), a tendência é de uma queda expressiva entre abril e junho - a Rosenberg ainda não fechou sua previsão. Para o terceiro e quarto trimestres, pode haver quedas menos acentuadas ou inclusive estabilidade. A estimativa para o PIB no ano é de retração de 2%.

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