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Brasileiro deve duas vezes e meia a própria renda

De acordo com o estudo o cartão de crédito é o vilão do orçamento familiar. O pagamento parcial da fatura é o principal erro

10:42 | 19/08/2015
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A dívida do brasileiro está mais cara. Na comparação entre 2014 e 2015, o valor médio das dívidas em atraso passou de aproximadamente R$ 4 mil para R$ 5,4 mil, o que representa um aumento real de 23%, já descontada a inflação. A informação é da pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais.

Ao comparar os valores médios dos compromissos pendentes e a renda média dos entrevistados, a pesquisa verificou que o total das obrigações financeiras representa duas vezes e meia o valor da renda familiar mensal no país. Considerando, por exemplo, as famílias que têm uma remuneração de um a dois salários mínimos (entre R$ 789 e R$ 1.576,00), a dívida equivale a quase quatro vezes o valor da renda (R$ 4,4 mil).
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De acordo com o SPC Brasil, o mau uso do chamado 'dinheiro de plástico' é o principal responsável pela inadimplência do consumidor brasileiro. As parcelas a pagar no cartão de crédito, citadas por 42% dos inadimplentes, ao lado das parcelas no cartão de lojas (41%), são as contas que mais resultaram na inclusão do nome em instituições de proteção ao crédito.

"Para quem sabe utilizar com prudência, o cartão de crédito pode ser um grande aliado porque traz conveniência e segurança. O grande erro é não quitar o valor integral da fatura e cair no efeito bola de neve do rotativo", afirma a economista Marcela Kawauti.

Os empréstimos junto aos bancos e financeiras (25%), as contas de telefone (11%), a utilização do cheque especial (10%) e as parcelas a pagar no carnê, boleto ou cheque pré-datado (10%) completam o ranking dos atrasos que motivam a inadimplência.

Para as mulheres, o atraso das faturas do cartão de loja é o que mais se destaca na comparação com os homens (46% contra 33%), enquanto entre a parcela masculina de entrevistados, o destaque é o não pagamento de empréstimos em bancos e financeiras (32% contra 20% das mulheres).
Redação O POVO Online
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