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Escritório americano pretende abrir ação contra a Eletrobras

08:25 | 21/07/2015
O escritório The Rosen Law Firm, com sede em Nova York, pretende abrir uma ação coletiva contra a Eletrobras nos Estados Unidos. A empresa é mais uma brasileira citada na Operação Lava Jato e tem papéis negociados em Wall Street, de acordo com comunicado que convoca investidores que têm papéis da companhia a aderir ao processo. A informação foi publicada na edição de segunda-feira, 20, da Folha de S. Paulo.

"O Rosen Law está preparando uma ação de classe para recuperar as perdas sofridas pelos investidores da Eletrobras", afirma o escritório. "Se você comprou ações da empresa, por favor visite nossa página na internet", destaca o texto.

O comunicado menciona que a Eletrobras adiou a entrega na Securities and Exchange Commission (SEC), que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos, do formulário conhecido como "20-F", que reúne as informações financeiras das companhias abertas, com os dados de 2014. Com isso, os American Depositary Receipts (ADRs) - recibos de ações da companhia negociados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) - caíram 8% no dia seguinte ao anúncio.

A Eletrobras justificou que o atraso ocorreu por denúncia relacionada à Operação Lava Jato. Segundo a estatal, o ex-presidente executivo da Camargo Corrêa teria afirmado, em depoimento, que um consórcio de empresas contratadas para montar a usina nuclear Angra 3 fez pagamentos ao presidente executivo da subsidiária Eletronuclear, o almirante Othon Luiz Pereira da Silva, que nega.

O Rosen Law chegou a entrar com uma ação coletiva contra a Petrobras, em dezembro de 2014, também por conta das denúncias da Lava Jato. O escritório, porém, ficou de fora da ação consolidada, que acabou nas mãos do escritório Pomerantz - representante o investidor líder, o Universities Superannuation Scheme (USS), maior fundo de pensão do Reino Unido.

A prática do Rosen Law, de procurar investidores antes de entrar com a ação, é comum nos EUA. Foi usada recentemente contra a Braskem. Logo após as denúncias feitas em uma delação, o escritório Scott & Scott foi à procura de investidores dispostos a processar a empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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