ONS: dados indicam melhora na situação dos reservatórios
De acordo com o diretor geral do ONS, Hermes Chipp, um cenário com chuvas próximas a 70% da média histórica levaria o nível dos reservatórios a um patamar de 35% ao final de abril. Caso esse mesmo patamar de 70% das chuvas fosse mantido no período seco, o nível dos reservatórios chegaria a 10% em novembro, um patamar ainda considerado aceitável para garantir o abastecimento nacional às vésperas do período chuvoso.
O diretor do ONS explicou que esse cenário com nível de reservatório em 35% ao final de abril seria o pior possível para garantir que o fornecimento de 2015 seja realizado sem a necessidade de restrição ao consumo de energia. Como os números indicados pelos institutos de meteorologia mostram volumes de chuvas mais fortes, com patamares próximos a 100% da média, Chipp demonstra otimismo em relação à recuperação do nível dos reservatórios. "A maior parte da energia que entra no sistema ocorre em janeiro e fevereiro. E hoje a previsão é de que o período úmido venha dentro da normalidade. Quem dera venha dentro da normalidade", destacou Chipp.
O ritmo de chuvas dos dois primeiros meses do ano é considerado fundamental para determinar o risco de racionamento do País, por isso o diretor geral do ONS explicou que qualquer decisão mais conclusiva só pode ser tomada após o final de fevereiro. No caso de chuvas fortes, o ONS poderia analisar a possibilidade de desligar as térmicas consideradas mais onerosas a partir de março. "Se o período úmido for extremamente favorável até fevereiro, talvez seja possível retirarmos algumas térmicas a partir de março", afirmou Chipp. Caso o volume de chuvas surpreenda negativamente, poderia haver indicação da necessidade de restrição do consumo.
O ONS considera um cenário de crescimento da carga em aproximadamente 4% em 2015. O número é semelhante à carga esperada para o acumulado deste ano, que deve ficar entre 3,7% e 3,8%.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente