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Mudança de fachada

01:30 | Dez. 31, 2014
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O desgaste das fachadas dos prédios traz riscos, como a ameaça de alguma pastilha soltar e despencar, e também certezas: o imóvel desvaloriza. Nesses casos, a solução é investir na revitalização do edifício. Com a reforma, a valorização pode variar de 20% a 50%, afirmam especialistas da construção.


O presidente do Sindicato da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, avalia que o revestimento em cerâmica é mais característico em Fortaleza. “É um argumento de venda. Quando você não usa, sai em desvantagem, diferentemente de outros estados, onde prédios de alto padrão não costumam ter essa característica”, descreve.


O diretor de obras da Engeterra, Lawton Parente, conta que outras cidades já estão adotando a prática. “Em viagens, tenho visto pelo Nordeste, em Brasília e em São Paulo. Mas não é tão consolidado como em Fortaleza. Aqui está enraizado na cultura”, afirma.

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A valorização do imóvel é apontada como um dos principais benefícios da revitalização do edifício com revestimento cerâmico. Além disso, a estética, a facilidade de manutenção e a proteção da estrutura do prédio - afastando a possibilidade de infiltrações.


A durabilidade vai variar. O engenheiro civil Sidney Santana, da SGS, empresa especializada em revestimentos, cerâmicas e fachadas, estima entre 15 e 20 anos.


“Depende do tipo de imóvel, do tipo de revestimento. Um bem aplicado e de boa qualidade, com as devidas manutenções, é para durar pelo menos 20 anos”, reforça Lawton, que também é engenheiro civil pós-graduado em patologias em edificações e engenharia em diagnóstico.


A depender de algumas variáveis, lembra o presidente do Sinduscon-CE, o empreendimento poderá ser 100% revestido com cerâmica ou alternado com trechos em pintura. “Varia de bairro para bairro, da tipologia do prédio e do custo do apartamento. As construtoras cobram mais quando é todo revestido. E tem todo um cuidado com assentamento com cerâmica. É um trabalho muito técnico”, avalia.


Investimento

O investimento da reforma, afirma Lawton, fica entre R$ 200 e R$ 250 o metro quadrado. “Incluindo mão de obra, equipamento e o material, variando a cerâmica, a cor, o tamanho, se é solta ou telada”, considera. “As pessoas buscam fazer o revestimento 100%. Devido ao custo, a maioria opta por manter aquele trecho que é pintura”, afirma Sidney.

 

A obra pode demorar de um a dois anos. “A gente vai desfazer o que está feito. Nesse desmonte, várias surpresas acontecem, surgem imprevistos antes da preparação. Não se pode trabalhar com iluminação artificial, então não é possível fazer hora extra”, explica o diretor da Engeterra, que diz ter executado mais de 200 revitalizações de fachadas.


Além disso, lembra, a reforma acontece em prédios habitados. “Tem limitação de horário por causa do regimento interno, tem carros e pessoas passando embaixo, a condição climática tem que favorecer. É uma grande obra com característica de reforma”, define Lawton.


50%

VALORIZAÇÃO que um imóvel pode chegar a alcançar depois da reforma de revestimento cerâmico

20

ANOS é o tempo médio de durabilidade de um revestimento

SAIBA MAIS

 

PARA QUE A REFORMA da fachada ocorra, são necessárias regularizações da Prefeitura para reparos gerais e anotações de responsabilidade técnica (ART) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea-CE), para obra e montagem dos equipamentos.

 

HABILITAÇÃO DA OBRA requer ainda, via Ministério do Trabalho, o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

 

EM FORTALEZA, predomina a cerâmica na hora de reformar. Grandes construtoras, como atrativo de venda, estão lançando edificações com granito e porcelanato.

 

GRANITOS E porcelanatos são mais para revestimentos montados

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