Energia A-1 terá preço máximo de R$ 201 por MWh
Para empreendimentos com energia proveniente de todos os tipos de fonte, exceto térmicas, (contratos por quantidade), contratos de fornecimento de três anos, até 31 de dezembro de 2017, terão preço-teto de R$ 201 por MWh. Já contratos de fornecimento de cinco anos, até 31 de dezembro de 2019, terão preço-teto de R$ 180 por MWh.
O prazo de fornecimento será de três anos, com início em 1º de janeiro de 2015 e fim em 31 de dezembro de 2017, para empreendimentos com energia proveniente de térmicas, inclusive biomassa (contratos por disponibilidade). O preço-teto será de R$ 192 por Mwh.
Mercado
Na semana passada, a Aneel aprovou a queda do preço da energia no mercado à vista (PLD) pela metade. A partir de 1.º de janeiro de 2015, o teto do PLD será reduzido de R$ 822,83 para R$ 388,04. Se o teto continuasse nesse patamar, havia risco de que os geradores não tivessem interesse em vender a energia às distribuidoras no leilão e optassem por liquidá-la no mercado à vista, onde poderiam obter um lucro maior.
Foi exatamente o que ocorreu no fim do ano passado. Enquanto o preço-teto do leilão foi de R$ 192 por MWh no leilão do ano passado, na mesma época, a energia atingia R$ 300 por MWh no mercado à vista. Com isso, os geradores não apareceram e as distribuidoras conseguiram contratar menos da metade do que precisavam no leilão.
Faltaram 3,3 mil MW médios para atender os consumidores, energia que teve que ser adquirira pelas distribuidoras no mercado à vista neste ano. Isso custou R$ 17,8 bilhões às empresas em empréstimos bancários intermediados pelo governo. Ao longo de 2013, pelas mesmas razões, o Tesouro Nacional foi obrigado a aportar R$ 9,8 bilhões para socorrer as distribuidoras.
Dessa vez, o governo não atuou antes para impedir esse fracasso. Também na semana passada, a Aneel definiu a divisão, entre as distribuidoras, da energia produzida pelas usinas mais antigas e que estão com contratos de concessão próximos do vencimento. Com energia, proveniente de usinas que hoje pertencem à Cesp, Cemig e Copel, cujos contratos vencem no ano que vem, a demanda das distribuidoras no leilão será menor.
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