PMI de serviços no Brasil recua em outubro, diz HSBC
O número de outubro representa a pior leitura para o setor de serviços desde agosto de 2012 e a pior para o índice composto desde maio de 2009. "O valor foi consistente com uma redução moderada na produção do setor de serviços no mês. Segundo várias empresas pesquisadas, as condições de mercado se mostraram contidas em função das eleições recentes", afirmou o relatório do HSBC, ao comentar o resultado do PMI de serviços. As empresas relataram que a eleição presidencial enfraqueceu a demanda, com o volume de novos negócios no setor de serviços caindo em sintonia com a atividade.
Seja assinante O POVO+
Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.
AssineCom uma "redução acelerada no volume de novos pedidos", a entrada de novos trabalhos diminuiu no setor privado como um todo pela primeira vez em seis meses, informou o documento. Especificamente no setor de serviços, foi relatada uma aceleração no corte de empregos em outubro, para o ponto mais rápido desde fevereiro de 2013. Dessa forma, o setor de serviços acumulou uma sequência de três meses de perda de empregos. Mesmo assim, o otimismo empresarial no setor se fortaleceu em outubro e alcançou o ponto mais alto em três meses, ainda que tenha permanecido em um patamar historicamente baixo.
Já as pressões inflacionárias sobre os custos entre os provedores de serviços se atenuaram e atingiram o ponto mais fraco em três meses. O aumento da concorrência também fez com que as empresas brasileiras de serviços baixassem os preços de venda, o que aconteceu pela primeira vez em 59 meses, embora a queda tenha sido "modesta". No setor industrial, a taxa de inflação de custos também desacelerou, para o ponto mais fraco na atual sequência de 63 meses.
Na segunda-feira, 3, o HSBC e a Markit anunciaram uma piora na atividade industrial em outubro. O indicador recuou de 49,3 em setembro para 49,1 em outubro, marcando o sexto mês de contração neste ano. O relatório explicou que a piora aconteceu por conta de "reduções aceleradas na produção e em novos pedidos".
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente