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Arroz e feijão terão maiores perdas na safra do Ceará

Expectativa de produção é de 575.068 toneladas de grãos em 2014, uma redução de 46,21% em comparação à primeira estimativa do ano (1.069.109 t)
17:02 | Nov. 11, 2014
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A baixa capacidade hídrica dos açudes cearenses irá influenciar de forma determinante a safra de grão este ano. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam que as maiores reduções deverão acontecer em produtos como o feijão de corda, o arroz irrigado e de sequeiro, o milho, a cana-de-açúcar e a banana de sequeiro. A perda de arroz de sequeiro chega a 16 ha.

A expectativa de produção é de 575.068 toneladas de grãos em 2014, uma redução de 9,44% estimativa do mês anterior (635.021 1 t), decresce 9,44%. Comparando-se à primeira estimativa do ano (1.069.109 t), representa redução de 46,21%. No entanto, como o ano passado foi de seca, a safra inicialmente apresenta-se maior em 136,20% que a safra passada, segundo o IBGE.

Os produtos que apresentam crescimento da estimativa de produção de 2014 são batata doce, fava, milho (espiga), tomate, melancia, mandioca de sequeiro, acerola, abacate, banana irrigada, goiaba irrigada, ciriguela e palma forrageira.

Os produtos que apresentam redução na expectativa da produção de 2014 são algodão herbáceo de sequeiro, amendoim, arroz de sequeiro, arroz irrigado, feijão de corda de 1a. safra (Vigna), feijão de corda de 2a. safra (Vigna), milho (grão), cana-de-açúcar de sequeiro, mamona, banana de sequeiro, café em grão (arabica), café em grão (conilon), castanha de caju (gigante), castanha de caju (anão), coco-da-baía (seco), coco-da-baía (água), goiaba de sequeiro, laranja, limão, graviola, manga irrigada, manga de sequeiro, mamão e tangerina.

O Instituto apontou ainda que “o foco é a agricultura irrigada que enfrenta uma crise sem precedentes com a escassez de água”.  No Ceará, até outubro, os 149 açudes, que possuem a capacidade de armazenarem 18,8 bilhões de metros cúbicos, possuíam apenas 24,79% da capacidade de armazenamento, correspondendo a 4,6 bilhões de metros cúbicos. Das 8 regiões, a situação mais crítica é a região dos Sertões de Crateús, que possui 10 açudes e só está com 1,30% da capacidade total.

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