TCU: setor elétrico agora depende dos humores do Tesouro
O ministro José Jorge explicou que um dos pilares do setor foi quebrado. Desde a Medida Provisória 579, as distribuidoras de energia, que atendem o consumidor residencial, estão descontratadas. "Quando isso ocorre, instala-se uma situação caótica", afirmou. "Elas compram energia a um preço muito alto e não têm capital de giro para fazer o pagamento."
O ministro ressaltou que os empréstimos e aportes do Tesouro Nacional às distribuidoras serão repassados à tarifa paga pelo consumidor nos próximos anos. Ao todo, esse custo atingirá R$ 61 bilhões entre 2012 e 2014. "Não são as empresas que estão devendo", disse. "Elas são intermediárias, quem vai pagar somos nós. Serão R$ 61 bilhões a serem pagos por contribuintes e consumidores."
José Jorge destacou também a importância de uma auditoria que será realizada no próximo ano para verificar a situação das empresas do setor elétrico. "É importante saber como essa situação vai interferir no conjunto do setor elétrico no futuro. Se a empresa está devendo, não tem como investir e ninguém empresta dinheiro para quem não tem", afirmou.
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