Veículos leves puxam alta do índice ABCR em agosto
"(O resultado) foi influenciado pela alta dos leves, que responderam ao efeito da base de comparação muito fraca em julho, quando registrou uma retração de 5,1% por conta da Copa do Mundo", avaliou a economista Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências, em nota enviada à imprensa. De acordo com a analista, o mundial também alterou a sazonalidade de julho, que geralmente mostra aumento da movimentação dos leves puxada pelas férias escolares.
Analisando os dados na margem, economista ressalta que, nos últimos meses, observa-se um comportamento "estável" no fluxo dos leves, com uma média mensal de janeiro até junho de 0,1%. "Como despencou em julho, em agosto, houve uma correção devido à base de comparação. Certamente é por isso, pois nossas simulações têm mostrado que o mercado de trabalho está estagnado e já sofrendo um pouco dos efeitos da atividade econômica fraca", afirma.
Em relação aos veículos pesados, Alessandra avalia que a queda é consequência da trajetória de desaquecimento do setor industrial brasileiro. "Desde março, a indústria vem numa trajetória de enfraquecimento. Em julho, os pesados indicaram uma ligeira melhora na indústria, que se confirmou. No entanto, para agosto, o cenário positivo não se confirma", afirma. Para a economista, os números mostram que "a indústria está estagnada e continua patinando".
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