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Opositor de Cristina apoia GM por não vender à Argentina

14:30 | Set. 11, 2014
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A decisão da General Motors de suspender as exportações de veículos para a Argentina recebeu apoio do ministro de Comunicações e Desenvolvimento Estratégico do governo da Província de Córdoba, Jorge Lawson. Ele participou nesta quinta-feira, 11, em São Paulo, de evento da Câmara de Comércio Argentina Brasil, cujo objetivo foi justamente debater formas de derrubar as barreiras comerciais erguidas entre Brasil e Argentina.

"Isso é correto porque não só a GM mas também a Fiat e a Peugeot estão com dificuldades para tirar dólares da Argentina", disse o ministro, que é oposição ao governo de Cristina Kirchner.

A suspensão das exportações da GM foi uma decisão tomada em decorrência das restrições impostas pelo governo argentino à liberação de dólares para pagar as importações. O agravante de uma decisão como a adotada pela General Motors, de suspender exportações para o país vizinho, de acordo com Lawson, é que as empresas argentinas já não têm mais carros nem da produção local para vender.

E a falta de produção local tem a mesma origem: a dificuldade que o governo argentino impõe à liberação de dólares para importação. "As empresas argentinas estão sem carros para vender porque, para produzir os veículos, elas precisam de insumos que vêm em grande parte do Brasil. Como o governo não libera os dólares, os insumos não chegam", disse Lawson em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Ele acrescentou que isso está fazendo com que haja perda de produção e vendas de carros na Argentina. Em Córdoba, por exemplo, onde o governo da província concede crédito para financiar a compra de veículos produzidos localmente, diz Lawson, há dinheiro mas não há o produto para comprar. Por conta deste problema, de acordo com o ministro de Córdoba, há na província 3,5 mil trabalhadores liberados de comparecer cotidianamente ao local de trabalho.

"Trata-se de uma suspensão rotativa. Numa semana um grupo de trabalhadores vai trabalhar e na outra outro contingente é que comparece no local de trabalho", disse Lawson, para quem esse quadro está gerando muita angústia aos trabalhadores, que não recebem a semana em que são forçados a deixar de trabalhar.

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