Dólar fecha no maior nível em 6 meses
A forte oscilação nos mercados foi atribuída por analistas à divulgação da pesquisa CNI/Ibope mostrando Dilma Rousseff (PT) 8 pontos porcentuais à frente de Marina Silva (PSB) no primeiro turno, com empate técnico no segundo turno. Tudo porque, pelo menos na visão do mercado, a eventual reeleição de Dilma prejudicaria a retomada da economia brasileira.
Além da pesquisa eleitoral, o mercado também foi influenciado pelo avanço dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), em meio à percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pode antecipar sua alta de juros face aos recentes indicadores da economia do país.
No mercado de câmbio, a movimentação se intensificou após a divulgação da pesquisa eleitoral. "(A pesquisa) fez muito preço porque colocou uma diferença muito grande para a Dilma já no primeiro turno", disse um profissional de uma corretora. Com a pressão de alta se intensificando, ordens de negociações começaram a ser disparadas no mercado futuro, com investidores vendidos em dólar futuro (que apostam na queda da moeda) zerando ou reduzindo posições.
"A máquina começou a rodar. Não tem jeito: se a pressão é grande, os stops (ordens automáticas para vender os papéis) começam a ser disparados", disse João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora. "Não tem de ter dó (de realizar prejuízo). É melhor sair", completou o outro profissional. Na outra ponta, os investidores estrangeiros, comprados em dólar futuro (apostando na alta da moeda), continuaram elevando suas posições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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