Brasil pode perder posto de 7ª economia para Índia
Hoje, o Brasil é a sétima maior economia do mundo, enquanto a Índia figura na 10ª colocação. "O Brasil, que chegou a se aproximar do sexto lugar, agora fica mais afastado e pode até perder esse patamar antes do previsto", disse Rostagno.
O FMI projeta crescimento de 1,3% para a economia brasileira em 2014 e de 2,0% em 2015, conforme o relatório Perspectiva Econômica Global divulgado em julho. O economista, contudo, considera esses resultados irrealizáveis. Ele projeta avanço de 0,2% neste ano e de 1,0% no ano que vem.
"O Brasil de fato mudou de rumo. Isso reflete a falta de visão de médio e longo prazo. As medidas adotadas pelo país foram míopes, no sentido de ter um crescimento puxado por muito consumo e pouco por investimento", avaliou Rostagno. "O governo esqueceu de preparar o País para o futuro, para num segundo momento migrar para um modelo pautado em investimentos", acrescentou.
A Índia, por sua vez, está em trajetória de aceleração. No segundo trimestre, cresceu 5,7% na comparação com igual período de 2013 (o Brasil, nesta comparação, cedeu 0,9%). Em 2014, na projeção do fundo, a economia indiana deve se expandir 5,4%, acelerando para 6,4% em 2015, 6,5% em 2016 e 6,7% em 2017 e em 2018.
Em 12 meses até o segundo trimestre, a economia brasileira somou US$ 2,179 trilhões, nos cálculos de Rostagno. Em igual período, a economia indiana totalizava US$ 1,898 trilhão.
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