Xi Jinping diz que China quer mais cooperação com Brasil
Na cerimônia de homenagem do Parlamento Brasileiro, Xi Jinping foi recebido pelos presidentes do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e pelo vice-presidente da República, Michel Temer. Ao chegar, o presidente chinês inaugurou uma exposição fotográfica sobre os 40 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China.
Em seu discurso, Xi Jinping lembrou a relação diplomática de quatro décadas e disse que os dois países devem se apoiar mutuamente no desenvolvimento interno, conforme suas realidades. Ele ressaltou que a sociedade chinesa vê com entusiasmo o aumento da cooperação entre os dois países, uma vez que a China se tornou o maior parceiro comercial do Brasil nos últimos cinco anos. "China e Brasil são gigantes em desenvolvimentos e em economia emergente", destacou.
Xi enfatizou ainda a cooperação estratégica para os dois países. "Devemos reunir forças dos países em desenvolvimento e participar da governança global", disse.
O presidente da China visita o Congresso brasileiro a convite do presidente da Câmara. Em abril, uma comitiva formada por seis deputados fez uma visita oficial ao país asiático, atendendo a um convite do governo chinês.
Informática
Em seu discurso no plenário da Câmara dos Deputados, Xi Jinping afirmou que são "invioláveis os direitos e interesses soberanos" dos países na área de informática. "Por mais desenvolvidas que sejam, as tecnologias da internet não podem ser usadas para violar a soberania informática", declarou.
Ao defender um "espaço informático pacífico, seguro, aberto e cooperativo", Xi Jinping faz um gesto de aproximação ao governo brasileiro, que foi um dos alvos do esquema de monitoramento promovido pelos Estados Unidos. Empresas, cidadãos e autoridades brasileiras tiveram comunicações interceptadas pela Agência de Segurança Nacional (NSA) americana. A China é criticada por entidades de direitos humanos por controlar e censurar o acesso à internet.
"Não é aceitável que um ou alguns países ficam seguros, e outros não, para já não dizer a chamada segurança absoluta de um país a custa de segurança dos outros", disse o presidente da China.
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