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SCPC divulga a Pesquisa da Inadimplência do Consumidor Brasileiro do 2° trimestre de 2014

11:29 | Jul. 17, 2014
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Tipo Notícia

A Boa Vista SCPC, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), apresentou nesta quinta-feira, 17, em coletiva online, o Perfil do Inadimplente Brasileiro, com dados referentes ao 2° trimestre de 2014. A pesquisa busca traçar um panorama das razões que levam os consumidores a inadimplência. Estiveram presentes na entrevista o economista da Boa Vista SCPC, Flávio Calife, e Fernando Cosenza, diretor de Marketing e Sustentabilidade da instituição.

 Além dos dados estatísticos foi apresentando também a análise das principais  causas da inadimplência no país, assim como dicas dos palestrantes de como evitar os problemas nos negócios. O levantamento  é feito trimestralmente, onde são entrevistados mais de mil pessoas que estejam  no vermelho, que estejam inadimplentes no mercado. Essa pesquisa dá condição de traçar o perfil dos devedores e também dos credores, em relação os seus orçamentos.

 Na pesqusia foi possível perceber que os homens dominam a lista dos inadimplentes, contabilizando 62% contra 38% das mulheres. O resultado é exatamente igual ao primeiro trimestre do ano passado, havendo mudanças apenas no quesito faixa etária. A fatia de consumidores jovens entre os inadimplentes recuou de 22% para 19% na faixa de até 30 anos de idade no 2º. trimestre, e de 15% para 12% entre os que têm de 31 a 35 anos. Em compensação, entre os que têm 56 anos ou mais o percentual cresceu de 13% para 17%.

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 Segundo Fernando Consenza, a análise mostrou um amadurecimento dos consumidores na questão de dívidas e organização orçamentária. "Uma tendência que percebemos são os sinais de amadurecimento do consumidor, sinais de cautela na hora da compra,  na gestão de seus orçamentos".

 77% dos respondentes declararam que a dívida que causou a inadimplência é a única que eles possuem, não havendo mais nenhuma outra dívida. "Isso é sinal de uma cautela que o consumidor está tendo, é um verdadeiro equilíbrio na hora de fazer as contas e também na preocupação de quitar as dívidas", conta Cosenza.

 A pesquisa da Boa Vista SCPC revelou também que o percentual de consumidores que se consideram em situação financeira melhor do que no ano anterior caiu de 52% para 40%, e que a fatia dos que têm a percepção de piora em sua situação financeira aumentou de 17% para 22%.

 A maioria dos entrevistados, 36%, afirmou que a soma das dívidas em atraso que causaram restrição está entre R$ 500 e R$ 2 mil, enquanto 32% disseram que têm dívidas de até R$ 500, mesma fatia dos que estão com compromissos acima de R$ 4 mil, de acordo com a pesquisa. E 99% afirmaram estar em condições de quitar suas dívidas.

 Pouco mais da metade dos consumidores inadimplentes (54%) declaram que pertencem a classe C, e outros 39% a classe B. Entre as formas de pagamento utilizadas na compra ou negócio que gerou a inadimplência, um terço dos entrevistados (29%) aponta o cartão de crédito, seguido de carnê e boleto (28%). Outros 16% afirmaram que o meio de pagamento utilizado foi o cheque e 13% o empréstimo pessoal, com destaque para as classes D e E, em que o crédito pessoal saltou de 12% para 23% como meio utilizado. Na classe C, prevalece o cartão de crédito como forma de pagamento utilizada (31%), enquanto na classe B ficaram empatados cartão de crédito e carnê/boleto (27%).

 A compra de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos gerou o endividamento para 20% dos entrevistados, seguida pela compra de vestuário e calçados, que cresceu de 15% para 18% na comparação com o período anterior (1º trimestre/14).

 As entrevistas foram feitas presencialmente de 26 de maio a 03 de junho de 2014, com 1.014 consumidores. Os resultados devem ser lidos considerando-se 95% de grau de confiança e margem de erro de cerca de 3%.

 

Dicas para organizar as finanças e evitar problemas nos negócios

1. Pesquisar as melhores formas de fazer a compra;

2. Se a forma de pagamento for feita com cardão de crédito, não parcelar muito e atentar para o dia do pagamento;

3. Amadurecer a idéia do "eu quero" e "eu posso";

4.  Ter consciência do volume da compra, se vai afetar o orçamento mensal;

5. Atentar para o crédito do final do mês, para não ficar no vermelho;

6. Se optar por fazer empréstimo, faça apenas um, não caia na tentação da "boa vontade dos bancos";

7.  Conhecer o próprio limite e ter consciência na hora de comprar;

8. Se tiver uma dívida muito grande esteja aberto à negociações com os credores;

9. Em relação aos negóciso, tenha sempre um acompanhamento jurídico, para eventuais burocracias;

10. Tenha um plano de ação pessoal de curto, médio e longo prazo, para assim conhecer os seus limites e seus poderes de compra e negociação; 

11. Mudar a cultura pessoal de consumidor.

Redação O POVO Online 


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