Interior bate capital no desempenho do varejo
Em 12 meses até maio, o movimento foi semelhante. O volume de vendas do varejo do interior cresceu 0,4%, enquanto as lojas da capital tiveram retração de 4,8% e o Estado como um todo teve queda de 1,3%. Os resultados fazem parte de uma pesquisa inédita que, a partir de agora, será feita mensalmente pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com base em informações sobre a arrecadação de impostos (ICMS) da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. A intenção é monitorar o desempenho do comércio da capital e do interior, com a possibilidade de destacar o resultado de diferentes regiões administrativas do Estado.
"O comércio da capital tem tido um retração significativa comparado ao desempenho das lojas do interior", afirma o economista-chefe da ACSP, Marcel Solimeo.
Salários
Ele atribui o melhor resultado das lojas do interior em relação às da capital ao processo de interiorização da economia que ocorre no Estado, com a migração de empresas, especialmente as indústrias, que pagam salários maiores, para cidades menores. Com isso, houve uma migração do emprego e da renda da capital para o interior e o consumo acompanhou esse movimento.
"A cidade de São Paulo está ficando cada vez mais cara e difícil", diz o economista. Ele destaca que a capital paulista concentra hoje empresas de serviços, que normalmente pagam salários inferiores aos das indústrias. Também o bom desempenho do agronegócio nos últimos anos, com a capitalização dos produtores rurais, impulsionou o resultado do varejo do interior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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