É difícil retirar a intervenção no câmbio, diz China
Perguntado em uma entrevista coletiva à margem do Diálogo Estratégico e Econômico sobre o impacto da redução gradual de estímulo nos EUA, Lou indicou que o governo norte-americano pediu que a China pare de intervir no mercado de câmbio. "A resposta da China é que, tendo em vista que a recuperação econômica da China não está sólida e os fluxos de capital ainda estão instáveis, não podemos fazer isso", afirmou o dirigente. Para ele, é muito difícil retirar a intervenção no câmbio.
Um funcionário do Ministério das Finanças disse à agência de notícias Market News International, quando exigido para esclarecer as falas do ministro, que "quando os fluxos de capital transfronteiriços forem anormais, o governo ainda vai intervir".
Lou também disse nesta quarta-feira que o mundo deve olhar para os EUA, em vez da China, na busca por um motor na recuperação econômica global, porque a prioridade do governo chinês é a reforma da estrutura econômica.
O ministro afirmou que o governo chinês espera que a recuperação econômica dos EUA se mantenham em um bom momento e pediu um aumento das taxas de poupança das famílias norte-americanas.
Ele disse que a economia da China está em um "intervalo razoável", enquanto o governo tem evitado recorrer ao tipo de políticas de estímulo de curto prazo, que foram usadas durante a crise financeira global.
Lou repetiu que a meta do governo para o crescimento deste ano é em torno de 7,5%. Esse objetivo não é um piso, alertou Lou, apesar de postos de trabalho e a inflação, em vez de qualquer meta de crescimento, serem fatores mais importantes.
China fez "grande" progresso em termos de reforma, disse Lou, ao acrescentar que o crescimento econômico não tem sido prejudicado por medidas anti-corrupção do governo.
Lou se reuniu hoje com altos funcionários do governo dos EUA, incluindo o secretário do Tesouro, Jacob Lew, e a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, para as negociações que estão sendo realizadas na China. Ele disse que a China e os EUA acordaram nas negociações sobre a necessidade de uma saída ordenada de políticas de relaxamento quantitativo do Federal Reserve, mas
reconheceu que o processo de redução gradual de compras de ativos afetará economias emergentes, incluindo a China. Fonte: Market News International.
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