Brasil fica em 15º em ranking de eficiência energética
O ACEEE elaborou o ranking dividindo a avaliação em quatro áreas, cada uma com uma pontuação máxima de 25 pontos. No total, o Brasil obteve 30 pontos, dos 100 possíveis. O pior desempenho do País foi no tópico da Indústria, no qual recebeu apenas 2 pontos. No item Esforços Nacionais foram obtidos 4 pontos, com mais 10 pontos em Construções. A área em que os brasileiros se saíram melhor foi Transportes, com 14 pontos e a quinta posição no ranking global. Ajudou o fato de os brasileiros usarem bastante o transporte público, respondendo por 37% da distância percorrida.
"A política energética no Brasil enfatiza basicamente a produção de energia renovável, deixando uma grande quantidade de eficiência energética intocada", diz o relatório. No lado positivo, o Brasil se destaca pela taxa de investimentos em ferrovias, que é a maior entre todos os países analisados. Para cada US$ 1 investido em rodovias no País, US$ 1,28 é investido em ferrovias. A política nacional sobre uso e conservação de água também foi elogiada. O estudo aponta, porém, que apesar de o governo ter estabelecido um plano nacional sobre mudanças climáticas, não existe uma política nacional sobre economia de energia.
Entre os pontos nos quais o Brasil tem bastante a melhorar, o ACEEE lembra que não existem padrões obrigatórios para instalações elétricas em prédios e residências e que as exigências sobre eficiência energética só se aplicam a poucos equipamentos eletroeletrônicos. O relatório também diz que o País se beneficiaria de acordos voluntários entre os setores público e privado para melhorar a eficiência energética na indústria, que incluiriam a criação de cargos específicos para cuidar dessa questão ou o estabelecimento de auditorias periódicas.
México e Brics
Grande rival do Brasil na preferência dos investidores entre os países da América Latina, o México tem a pior eficiência energética entre as economias analisadas pelo ACEEE. Os problemas se concentram principalmente na indústria, mas o estudo também ressalta a necessidade de mais recursos para pesquisa e desenvolvimento e um maior investimento em ferrovias.
A Rússia, por sua vez, aparece junto com Brasil e México no fim da tabela. A intensidade energética nas residências russas é uma das maiores do mundo, com políticas muito fracas para estimular a economia de energia. Além disso, as termoelétricas do país também estão entre as menos eficientes.
Já Índia e China estão melhor colocadas no ranking. Em ambos os casos, o forte uso do transporte público é um ponto positivo, enquanto os chineses também se destacam pelos estímulos aos veículos híbridos e elétricos, embora a eficiência energética nas indústrias do país ainda seja muito baixa.
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