Brasil deve buscar novos mercados, diz diretor da Secex
Lima destacou que, em 2019, o Brasil participará de "praticamente um livre comércio" com a América Latina. "Hoje na América Latina temos acordos com praticamente todos os países. E há também iniciativa nossa de acelerar cronograma de desgravação tarifária", afirmou o diretor. Ele defendeu ainda o Mercosul como um aprofundamento maior entre os países e destacou que uma forma de aprimorar o grupo seria alterar o processo de tomada de decisões.
"A ideia agora é partir para novos mercados", destacou Lima. Ele citou a tentativa de acordo com a União Europeia e destacou que o trabalho técnico para avançar nas propostas já foi realizado. "Foi levado para o nível político para ser decidido quando haverá a troca de ofertas", disse, sobre o processo de discussão de um acordo entre Mercosul e União Europeia, encampado pelo Brasil.
Presente no evento, o ex-embaixador brasileiro em Washington Rubens Barbosa destacou a dificuldade de negociação do acordo no âmbito do Mercosul e defendeu uma discussão em velocidades diferentes para os países. "Estamos em julho e nada foi feito. Há um entrave na negociação", disse Barbosa, afirmando que a Venezuela entrou no Mercosul sem negociar condições de ingresso, caso que deve se repetir com a Bolívia, disse o embaixador.
"Não podemos ficar a reboque dos acontecimentos. Não podemos ficar dependendo da Bolívia, do Paraguai, do Uruguai", disse Barbosa, para quem o momento é de rever a política para avançar em acordos comerciais, sem deixar de lado a tarifa externa comum presente no Mercosul.
Já Lima lembrou que, com a União Europeia, não basta negociar tarifa, mas também discutir questões como regulamentos e normas técnicas, depois da troca de ofertas.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente