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Febraban: crédito deve crescer entre 13% e 14% este ano

13:20 | Jun. 04, 2014
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Tipo Notícia
O crescimento da oferta de crédito no Brasil deve ficar entre 13% e 14% neste ano, de acordo com o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal. Ele afirmou que se a liberação de recursos avançar nesta faixa em 2014 crescerá em um ritmo mais rápido que o da alta nominal do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, ou seja, expansão real mais inflação.

"A oferta de crédito continua se expandindo mais rápido do que o PIB, mas embora a taxas decrescentes. Nos últimos dez anos, a oferta de crédito se expandiu mais rápido que o crescimento nominal do PIB, o que fez com que a participação do crédito bancário ao setor privado em relação ao PIB aumente. Passou de 26% em 2004 para 56% em 2014", reforçou ele, em conversa com a imprensa, após abertura do CIAB Febraban 2014.

O presidente da Febraban disse ainda que no processo atual de expansão de crédito haverá uma certa mudança na composição e na direção da liberação de recursos no longo prazo. Segundo ele, o crédito no longo prazo já tem crescido a taxas mais rápidas do que a oferta destinada ao consumo, sendo o principal componente o imobiliário, que avança em "taxas significativas".

"O financiamento de longo prazo para o setor produtivo é um desafio no Brasil e em todos os países no mundo", avaliou Portugal, citando um estudo recente feito nos Estados Unidos sobre o financiamento de infraestrutura com dez países, incluindo o Brasil, que indicou que em média 60% do financiamento acaba sendo fornecido por recursos governamentais. Esse é também, segundo ele, o caso do Brasil.

A grande diferença do País em relação a outras nações é como que os outros 40% restantes dos financiamentos de longo prazo se dividem entre mercado de capitais e setor bancário, conforme ele. O presidente da Febraban disse ainda que o setor bancário tem discutido com o governo esse tema e que várias iniciativas importantes já foram realizadas, como as debêntures de infraestrutura.

"O programa de concessões que o governo federal fez representa uma oportunidade de investimento muito grande. São mais de 4 mil quilômetros de estradas quem já foram concedidos desde 2012, seis aeroportos, sete portos, 12 mil megawatts de energia, 19 mil quilômetros de linha de transmissão", afirmou Portugal.

De acordo com ele, o setor financeiro tem participado juntamente com outras fontes no financiamento do programa de concessões do governo. Sobre o uso de parte dos recursos dos depósitos compulsórios para o financiamento de longo prazo, Portugal disse que desconhece essa possibilidade.

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