ANP: crise do setor elétrico pode ajudar mercado de gás
O argumento de Queiroz é que, com a crise, o abastecimento de gás às térmicas passou a ser prioridade e repercutiu na defasagem do insumo para a indústria, o que, em sua opinião, é economicamente prejudicial ao País. "O que a gente vê é que o gás é uma fonte competitiva para a indústria. É importante para o desenvolvimento econômico do Brasil", afirmou o diretor da ANP, complementando que a agência está trabalhando para estimular o crescimento do mercado de gás, inclusive, com a oferta de novas áreas exploratórias voltadas à produção do produto.
Por enquanto, contudo, há uma limitação da produção brasileira de gás, ressaltou. O crescimento da oferta tem partido de importações, seja porque houve um investimento relevante em terminais de regaseificação pela Petrobras para importar o produto liquefeito, seja porque a compra de 30 milhões de metros cúbicos diários, em média, da Bolívia, tende a ser mantido porque atende a estratégias geopolíticas importantes para o Brasil.
Sobre a exploração e produção de gás natural não-convencional, a mensagem do diretor da ANP é de que é preciso ter cautela. "A gente só conhece a geologia (de áreas onde há expectativa de encontrar gás não-convencional) na hora que perfura. Mesmo em bacias promissoras, ainda estamos muito longe de atingir o grau de conhecimento geológico dos Estados Unidos (importante produtor mundial)", disse Queiroz.
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