Fibra: incertezas na economia reduziram taxa de poupança
De acordo com o economista, essa é uma preocupação de médio prazo. "Se você quer investir mais é preciso poupar. Se não há poupança suficiente você acaba contando com poupança externa. Hoje ainda há liquidez mundial, mas as taxas devem crescer e isso se torna uma preocupação para a economia no médio prazo", explica.
Ao comentar o resultado do PIB no trimestre, que cresceu 0,20% em relação ao quarto trimestre de 2013, Oliveira afirma que o destaque é que "na ótica da demanda todos os componentes apresentaram desaceleração". "No caso do consumo (das famílias), a expectativa é de que nos próximos trimestres essa desaceleração continue, pois vivemos condições de crédito mais apertado, o mercado de trabalho começa a mostrar arrefecimento e ainda há incertezas políticas, ou seja, o grau de confiança do consumidor está muito baixo", reforça.
Para Oliveira, o mesmo quadro de desconfiança acontece pelo lado do investimento. Além de existir uma desaceleração natural por conta do período eleitoral, a confiança dos empresários industriais e de serviços e comércio mostra forte desaceleração. "Em vista disso, também há um viés de redução do investimento."
O economista diz que o resultado de todo esse quadro doméstico aponta para um PIB potencial em desaceleração. "Nossos modelos mostram que o PIB potencial já roda abaixo de 2%. Na década passada, era de 3,5%." Oliveira afirmou ainda que revisou sua estimativa de PIB de 2014 para 0,8%, de 1,3% anterior. "Isso sem levar em conta um possível racionamento de energia, só com os dados atuais, esclarece.
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