FGV: alimentos devem ajudar IPC-S a fechar maio em 0,60%
O grupo Alimentação passou de 1,05% para 0,81% entre a segunda e a terceira quadrissemanas de maio. Picchetti destacou que a normalização da oferta está aliviando os preços de in natura e também de laticínios. "Os principais destaques foram as frutas, que já estão em queda (-1,61%), laticínios (alta de 2,18% ante 2,73%) e hortaliças e legumes (de 2,35% para 0,91%)", listou. Especificamente neste último subgrupo, o coordenador afirmou que só não houve deflação em razão dos preços do tomate, "que estão indo contra tudo". O produto teve alta de 8,87% e, nas pesquisas semanais de ponta da FGV, que trazem um quadro mais atualizado da inflação, já avança quase 20%, segundo Picchetti. Outro produto que destoa dos demais é o pão francês, que tem avanço de 1,89% na terceira quadrissemana e de mais de 2% na ponta. "É reflexo dos preços internacionais do trigo", justificou o economista. "Mas a maioria dos itens de Alimentação está em queda ou em desaceleração", afirmou.
Graças à trajetória dos alimentos, o índice de difusão de altas do IPC-S recuou de 73,24% para 71,76%, da segunda para a terceira quadrissemanas. "Caiu, mas ainda se encontra num patamar muito elevado", comentou Picchetti.
Picchetti ressaltou ainda que os preços administrados já dão sinais de perda de fôlego e devem ajudar o IPC-S a fechar maio bem abaixo da taxa de 0,77% em abril. "As tarifas de energia já devem desacelerar a partir da próxima semana, quando também devemos ver maior diluição do impacto do aumento dos medicamentos", disse. Ainda, o coordenador lembrou que o comportamento dos preços de combustíveis devem ajudar a trazer para baixo os preços administrados, que na terceira quadrissemana de maio subiram 1,81%. No período, a gasolina recuou 0,1%, ante aumento de 0,13% na anterior, influenciada pela desaceleração do etanol (de 0,66% para 0,32%).
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