Desempenho brasileiro é inferior ao dos EUA
O resultado brasileiro também foi superior ao da Rússia (0,9%), que passa por uma crise com a Ucrânia, e próximo ao do México (1,8%), que atravessa um momento de readequação. "Após a crise de 2008, o México mudou a sua estratégia para depender menos dos EUA e garantir um crescimento estável a longo prazo. O País está abrindo mão de um crescimento maior para ter mais estabilidade no futuro", afirmou Agostini.
No grupo dos Brics, o País ficou atrás da China (7,4%) e Índia (4,6%), mas superou, além da Rússia (0,9%), a África do Sul (1,6%). O levantamento foi elaborado pela Austin Rating, com base em dados do IBGE, dos bancos centrais dos países, da Eurostat (agência estatística da União Europeia), da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e do Banco Mundial. O dado da Índia foi incluído pela reportagem.
Deficiências
A respeito do desempenho brasileiro, Agostini diz que o baixo crescimento sem a influência direta de uma crise mostra que "há um problema crônico, de caráter doméstico". O especialista destaca que o País apresenta um cenário de pouca atração para os investidores, com deficiências estruturais, burocráticas e econômicas. "O Brasil não cresce porque as suas deficiências não são atacadas de forma direta. É preciso aumentar a competitividade", disse.
O ranking mostra ainda que o Brasil cresceu nos três primeiros meses de 2014 na comparação anual menos do que Peru (4,8%), Coreia do Sul (4%), Japão (3%), Chile (2,6%) e Alemanha (2,3%). Já entre as nações que apresentaram desempenho inferior estão França (0,8%) e Grécia (-1,1%). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente