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Anfir: venda de implementos rodoviários cai 18% em abril

12:20 | Mai. 07, 2014
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A venda de implementos reboques e carrocerias de caminhão recuou 18% em abril na comparação com igual mês do ano passado. As vendas no mês chegaram a 13.146 unidades, ante 16.033 implementos comercializados em abril de 2013. No acumulado do ano, as vendas recuam 9,1% em relação ao período de janeiro a abril do ano passado, para um total de 49.685 unidades. Os dados foram antecipados à reportagem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.

As exportações também apresentaram desempenho negativo em março - último dado disponibilizado pela Anfir. As vendas externas caíram 14% em março na comparação com o mesmo mês de 2013 e somaram 399 unidades. No acumulado do primeiro trimestre, as exportações recuaram 5,32%. Foram 996 vendas realizadas entre janeiro e março de 2014 ante 1.052 implementos exportados em igual período de 2013.

No mercado interno o recuo nas vendas ocorreu tanto no segmento de implementos pesados (reboques e semirreboques) quanto no mercado de implementos leves (carroceria sobre chassis). As quedas em abril, ante mesmo mês de 2013, foram de 20,47% e 16,41%, respectivamente. No acumulado do ano os emplacamentos de reboques e semirreboques apresenta queda de 9,9% e as vendas de carrocerias sobre chassis recuam 8,6%.

PSI/Finame

Em nota, a Anfir afirma que o setor está preocupado com uma queda no número de pedidos da indústria de bens de capital para financiamento por meio do programa PSI/Finame, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo a Anfir, as operações via Finame em março atingiram a média de 20 por dia, enquanto em outros meses o número de operações diárias passou de 500. "A entidade vê com alarme a queda nas compras da indústria de bens de capital", afirma.

O presidente da Anfir, Alcides Braga, cita também o fraco ritmo de crescimento econômico do Brasil como fator de incerteza para os fabricantes de carrocerias e reboques para caminhões. "Não percebemos nenhum sinal que indique a retomada do ritmo da economia e isso preocupa muito o setor", afirmou Braga, também em nota.

Outro sinal que preocupa a Anfir é a perspectiva de alta no preço da gasolina e da energia elétrica. "São insumos fundamentais para movimentar a economia e qualquer alteração em seu valor acaba sendo repassada atingindo desde clientes corporativos até o consumidor final", disse, na nota, o diretor-executivo da Anfir, Mario Rinaldi.

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