Pesquisa do Ipea mostra queda no uso de telefone fixo
De cada dez lares, praticamente em um não há utilização de nenhum dos serviços de telecomunicações. O estudo afirma que, provavelmente, são domicílios situados na zona rural ou na periferia de grandes cidades.
Para João Maria de Oliveira, autor do estudo, existe uma expectativa de crescimento da oferta de pacotes com a autorização para que operadoras de telefonia passem a ofertar TV por assinatura também. Em 2011, segundo Oliveira, a Net/Embratel dominava 55% do mercado de TV por assinatura, porcentual que caiu para 42% no ano passado. "A convergência de serviços no Brasil ainda não é efetiva", explica. O que impede essa expansão, segundo ele, é a baixa área de cobertura da TV paga e, em menor escala, da internet.
A pesquisa revelou que a presença da telefonia fixa e da banda larga é determinante para a oferta dos pacotes - esses serviços estão presentes juntos em 76,4% dos combos. O tipo de pacote mais contratado é o que contém o serviços de telefonia fixa e banda larga.
Insatisfação
O serviço com o pior desempenho, segundo o IPEA, é de celulares, com 65,5% de avaliação positiva, contra 69,8% da internet, 72,9% da telefonia fixa e 87,2% da TV paga. O pesquisador disse que não há contradição com esse número quando se contrapõe o fato de que as empresas de telefonia móvel são as campeãs de reclamações em instituições de defesa do consumidor.
Segundo ele, o fato é que em 82% dos domicílios pelo menos uma pessoa usa o serviço pré-pago de telefonia móvel. "O grosso da população acha que é bom porque só faz ligações pré-pagas e nesse caso o serviço funciona. Não há, por exemplo, reclamações referente a cobranças indevidas, umas das queixas mais comuns", explica.
A pesquisa "Sistema de Indicadores de Percepção Social: serviços de telecomunicação" entrevistou moradores de 3.809 domicílios em 212 municípios de todas as unidades da Federação. A margem de erro do levantamento é de 1,34% no plano nacional e de 5% no detalhamento por grandes regiões.
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