Burocracia eleva em 12% preço dos imóveis
Principais entraves são o atraso na aprovação dos projetos pelas prefeituras, a falta de padronização de procedimentos nos cartórios e a "falta de clareza" nas avaliações das licenças ambientais
Os principais problemas encontrados pelo estudo "O custo da burocracia no imóvel" são atraso na aprovação dos projetos pelas prefeituras, falta de padronização de procedimentos nos cartórios e "falta de clareza" nas avaliações das licenças ambientais. Além disso, segundo o setor, é comum que mudanças na legislação, como alterações nos planos diretores e de zoneamento municipais, atinjam obras em andamento.
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AssineDe acordo com o estudo, dos cinco anos que um imóvel financiado com recursos do FGTS leva para sair da planta à entrega das chaves, dois anos são consumidos apenas pelos processos burocráticos. "Ainda vivemos um ambiente muito hostil ao empreendedorismo, que afeta não só as empresas do setor. Essa conta exagerada da burocracia é paga totalmente pelo consumidor", afirmou Paulo Simão, presidente da CBIC.
O documento envolveu todas as categorias de imóveis: dos direcionados à baixa renda no programa Minha Casa, Minha Vida aos empreendimentos de multiuso de grande porte, tanto residenciais como comerciais. Foram estudados 50 empreendimentos de empresas de tamanhos diferentes.
Os gargalos mais críticos são comuns no início dos projetos. O maior impacto da burocracia está na prospecção e compra do terreno e na definição do projeto, licenciamento e aprovação.
As prefeituras e os cartórios foram eleitos os principais antros da burocracia. Segundo o estudo, as administrações municipais não possuem funcionários preparados e em quantidade suficiente para a tramitação dos projetos e exigem aval de diversos órgãos dispersos para levantar um imóvel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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