BC persegue centro da meta de inflação, diz Tombini
O presidente do BC disse que o realinhamento dos preços já está nas contas do BC, mas admitiu que "talvez" haja uma revisão dos preços "aqui e acolá" no relatório de inflação que será divulgado no final do mês.
"Não tem nada que nos condene a ter uma inflação acima do centro da meta", disse Tombini. Segundo ele, o BC vai continuar a perseguir o centro da meta. "Vamos perseguir. Estivemos muito próximos em meados de 2012 do centro da meta", disse.
Segundo o presidente do BE, embora não esteja calcada nos mesmo parâmetros do IPCA, a inflação da Fipe encerrou o ano passado abaixo do centro da meta e está em 3,99% nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro. "Continuamos perseguindo essa nossa meta", afirmou em audiência pública no Senado.
Ele afirmou também que a relação dívida líquida/PIB continua em trajetória descendente. "Não temos problema de sustentabilidade da dívida", afirmou. Segundo Tombini, o governo tem tomado todas medidas para fazer com que esse processo se consolide.
Ele afirmou ainda que a política fiscal está convergindo para uma posição de neutralidade do ponto de vista estrutural e não adiciona mais carga na demanda, de forma que a política monetária não tem que atuar para compensar a política fiscal.
Pressão
O presidente do BC explicou que o Brasil aumentou o mercado consumidor sem ampliar a produtividade, situação que tem colaborado para manter a inflação do país em nível elevado.
Ele avaliou ainda que o setor de serviços tem ganhado cada vez mais espaço na economia brasileira e que, por definição, tem produtividade diferente dos demais segmentos. "Olhando para frente, a agenda tem de ser de aumento da produtividade. Temos de revitalizar e expandir a nossa tão necessária infraestrutura em transporte e logística", disse.
Tombini defendeu que a economia não deve apenas agregar recursos humanos ao mercado, mas tornar o trabalho mais produtivo.
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