Funcionários da linha da Kombi terão férias coletivas
O período de férias começou no dia 13, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Um porta-voz da entidade informou que estão sendo realizadas reuniões com a empresa para discutir o futuro desses trabalhadores, que podem ser realocados para outras áreas. Por enquanto, não há informações de demissões na fábrica.
A Kombi estava no mercado há 56 anos e deixou de ser fabricada porque não tem estrutura para receber air bag e freios ABS, itens de segurança que passaram a ser obrigatórios em todos os veículos novos a partir de 1º de janeiro. Ainda há unidades da perua em algumas concessionárias, pois a lei permite a venda das unidades em estoque fabricadas no fim do ano passado.
Às vésperas da suspensão da produção, dirigentes do sindicato e a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) tentaram adiar por mais dois anos a aplicação da norma. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a apoiar a medida, que acabou sendo vetada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Na ocasião, o Sindicato dos Metalúrgicos informou que o fim da Kombi colocaria em risco cerca de 4 mil empregos, entre trabalhadores da Volkswagen e das empresas que produziam peças para a perua.
A fábrica da Volks no ABC emprega quase 13 mil funcionários. Ao longo de todo o ano passado, a empresa manteve um programa de demissão voluntária (PDV) direcionado principalmente aos aposentados para evitar cortes diretos com o fim da Kombi. A linha da van operava com cerca de mil trabalhadores. O sindicato ainda não divulgou quantas pessoas aderiram ao PDV.
Além da Kombi, deixou de ser produzido em dezembro, pelo mesmo motivo, o compacto Mille, da Fiat. Outros modelos mais antigos, como as versões mais baratas do Celta, da General Motors, do Fiesta Rocam, da Ford, e do Clio, da Renault, passaram a sair de fábrica com air bag e ABS. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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