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Países do Brics avaliam sucessão no Bird, diz Mantega

12:20 | 05/04/2012
Os países que compõem o Brics ainda não têm uma posição conjunta sobre os candidatos ao cargo de presidente do Banco Mundial (Bird), informou nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele falou com jornalistas após se reunir com o candidato dos Estados Unidos para titular do órgão multilateral Jim Yong Kim, na sede do ministério em Brasília.

"Estamos trabalhando para que tenhamos um candidato", afirmou Mantega, acrescentando que o critério de escolha dos Brics será por mérito, e não pela nacionalidade do proponente. Segundo ele, o Brasil ainda não se definiu, pois precisará trabalhar em uma posição comum com o bloco que representa Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Mantega defendeu a continuidade das reformas no Banco Mundial e avaliou que as mudanças que foram feitas até agora no organismo foram "tímidas" e não deram representatividade aos países emergentes.

Segundo o ministro, até o fim da semana que vem, o Brasil deverá apresentar sua posição em relação ao tema. Mantega disse que gostaria de conversar com os outros dois candidatos - a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala e o colombiano Jose Antonio Ocampo -, mas ressaltou que o tempo é escasso. Ele citou ainda que os três interessados no cargo serão sabatinados pela diretoria do Banco Mundial na próxima segunda-feira

Avaliação do currículo

Para Mantega, o candidato americano possui ótimas referências para ocupar o cargo. "Tivemos uma reunião com o candidato, que está concorrendo pelos EUA. Ele é médico, reitor de uma excelente universidade e tem vivência com as questões dos países pobres, emergentes, com menor desenvolvimento", declarou.

Ele destacou que Jim, sul-coreano e naturalizado norte-americano, viveu 15 anos no Peru e não resta dúvida de que possui um currículo excepcional. Apesar disso, Mantega enfatizou estar comprometido com a escolha por mérito e não por questões geográficas para o apoio à candidatura ao cargo.

De acordo com o ministro, o candidato se comprometeu com a continuação das reformas do organismo multilateral. A expectativa é que as mudanças signifiquem uma quantidade maior de cotas para os países emergentes.

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