Governo discute regulamentação de pagamento móvel
Apesar da insistência dos jornalistas, o diretor se recusou a comentar assuntos como trajetória da taxa básica de juros ou a redução do spread bancário
"O prazo de 90 dias não é nenhum prazo fatal", ressalvou Mendes, após participar da abertura da 17.ª edição da Cards Payment & Identification, realizada num centro de convenções da capital paulista. "Não gostaria de me comprometer com um prazo porque o assunto engloba uma quantidade muito grande de atores e é uma questão nova no País."
O diretor afirmou, no entanto, que discussões dentro do próprio BC já apontam para alguns dos requisitos básicos que um serviço de pagamento móvel precisa ter: simplicidade, universalidade, interação entre sistemas, segurança, competitividade, adaptabilidade e capacidade de inclusão financeira.
"A inclusão é um ponto muito enfatizado pelo Ministério das Comunicações e pelo Banco Central", afirmou. "O pagamento móvel é uma oportunidade ímpar de aumentar a inclusão financeira de grande parcela da população brasileira."
Mendes afirmou que adoção dos pagamentos móveis no País pode trazer benefícios também para o setor público. "Uma das coisas que o governo espera desse sistema é a possibilidade de, através desse novo ambiente de negócios, fazer transferências como os pagamentos de benefícios do INSS e do Bolsa Família, entre outros."
Apesar da insistência dos jornalistas, o diretor se recusou a comentar assuntos como trajetória da taxa básica de juros ou a redução do spread bancário, tema de reunião hoje em Brasília entre o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, e representantes do setor bancário.