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Fiesp prevê queda do emprego na indústria em 2012

13:49 | 12/04/2012
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) estima que o nível de emprego na indústria de transformação de São Paulo pode ficar negativo em 2012 ou, na melhor das hipóteses, ficar estagnado, em uma taxa de 0%. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira, em março o nível de emprego com ajuste sazonal caiu 0,87% ante fevereiro, com o fechamento de 4,5 mil vagas.

"Foi um mês de março atípico, assim como no acumulado dos três meses deste ano (0%)", avaliou o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francine. Conforme levantamento da entidade, este foi o pior mês março para a série iniciada em 2006. No caso do trimestre, o resultado só perde para os três primeiros meses do ano de 2009, marcado pelo auge da crise mundial.

Francine diz ainda que as recentes medidas adotadas pelo governo, como a desoneração da folha de pagamento e o estímulo ao crédito para pessoas físicas e jurídicas não devem alterar significativamente este cenário do emprego industrial no Estado. "Não houve medida com dimensão para gerar um grande impacto no emprego", afirmou.

A eventual aprovação pelo Congresso da Resolução 72, que visa uniformizar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre Estados para produtos importados e acabar com a chamada "guerra dos portos", pode ser mais efetiva para a indústria paulista do que o conjunto de medidas que compõe o Plano Brasil Maior, como foi nomeada a recente política industrial do governo, avalia Francini.

A resolução foi aprovada nesta quarta-feira pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e poderá ser votada na próxima semana. "Só precisamos acompanhar para saber se seria adotada a alíquota de 4% de ICMS de uma vez ou gradualmente", diz Francini, lembrando que a Fiesp apoia firmemente a aprovação da resolução. Ele lembrou que a unificação da alíquota pode ampliar a competitividade da indústria nacional e inibir a invasão de produtos importados.

O diretor da Fiesp também elogiou os recentes movimentos do governo para reduzir o spread bancário em operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas. Segundo ele, é muito positivo que o governo lidere essa iniciativa por meio dos bancos públicos, pois isso deve pressionar os bancos privados a acompanharem os cortes nas taxas.

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