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Caixa deixa de fora crédito imobiliário do corte de juro

O banco espera liberar no financiamento habitacional entre R$ 90 bilhões a R$ 100 bilhões este ano, acima dos R$ 80 bilhões do ano passado

12:31 | 09/04/2012
O financiamento imobiliário ficou de fora do programa de corte de juros anunciado nesta segunda-feira pela Caixa Econômica Federal. O presidente do banco, Jorge Hereda, argumentou que o segmento já tem margens muito pequenas.

O banco espera liberar no financiamento habitacional entre R$ 90 bilhões a R$ 100 bilhões este ano, acima dos R$ 80 bilhões do ano passado. No primeiro trimestre, foram liberados R$ 21 bilhões, aumento de 40% em relação ao inicio de 2011. Descontando as linhas do segmento Minha Casa, Minha Vida, a expansão foi de 31%.

Hereda destacou que o segmento, depois de crescer a taxas muito elevadas nos últimos anos, está agora se expandindo em níveis mais sustentáveis. "Teve ano que cresceu 60%, isso não é sustentável."

Estratégia

Hereda minimizou a influência política na tomada da decisão de baixar os juros. "Não existe nenhuma atitude que não tenha amparo em análise de níveis de risco e inadimplência", afirmou. "É uma estratégia de negócios. Não foi nenhuma atitude impensada ou populista."

Ele destacou que o banco vai manter a rentabilidade e espera que o lucro em 2012 seja pelo menos igual ao do ano passado, que ficou em R$ 5,2 bilhões. Sobre a inadimplência, o executivo destacou que ela está controlada e que pode até subir com a nova estratégia, mas nada que preocupe o banco.

A Caixa, segundo ele, desenvolveu modelos de risco de alto nível. "A Caixa vai pular na frente (dos concorrentes)" disse. A expectativa do banco é que a carteira de crédito cresça mais de 30% este ano.

A Caixa reduziu juros na pessoa física em segmentos como crédito consignado, cartões, veículos e financiamento ao consumo. Nos cartões, o banco baixou as taxas em 40% no rotativo (financiamento da fatura). O banco também anunciou o lançamento do produto Cartão Azul Caixa, com juro de 2,85% ao mês para clientes que recebem salário no banco público.

No consignado, Hereda destaca que mesmo sendo o produto com maior concorrência no mercado e de menores margens, o banco reduziu os juros de 2,82% para 1,95% ao mês.

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