Confira 5 espécies de animais pré-históricos descobertos em 2025

Confira 5 espécies de animais pré-históricos descobertos em 2025

Alguns fósseis já haviam sido encontrados mas só esse ano foram totalmente desvendados

Com o final do ano se aproximando, as retrospectivas dos feitos realizados em diferentes áreas são recorrentes. Em 2025, a Paleontologia, campo de pesquisa que a partir do estudo de fósseis desvenda aspectos do passado geológico da Terra, obteve grandes conquistas. Novas espécies de animais que viveram na pré-história foram descobertos e passaram a ajudar a explicar ainda mais sobre tempos antigos.

De acordo com um levantamento do site Aventuras na História, o ano de 2025 trouxe cinco descobertas de destaque na área. O POVO, a partir da seleção feita pelo portal, apresenta cinco dessas descobertas. Confira a seguir:

1. Pterossauro filtrador da Bacia do Araripe

 

Uma nova espécie de réptil voador que coexistiu com os dinossauros foi descoberta na Bacia do Araripe, localizada no nordeste brasileiro. O pterossauro viveu há cerca de 110 milhões de anos atrás e estava preservado em um vômito fossilizado.

O estudo realizado concluiu que não necessariamente o animal vivia naquela região, mas que seu predador regurgitou suas partes não digeríveis naquele local.

Batizada de Bakiribu waridza, a espécie foi encontrada há 40 anos e estava na coleção do Museu Câmara Cascudo, em Natal, no Rio Grande do Norte, catalogada como um “peixe indeterminado”.

Foi somente em 2024 que um grupo de pesquisadores iniciou o processo de estudo desse fóssil e encontrou nele a primeira espécie de pterossauro filtrador dos trópicos. O estudo foi publicado na revista Scientific Reports, da Nature, em 10 de novembro de 2025.

O nome do animal é uma homenagem à cultura local. “Bakiribu” significa “pente” na língua do povo Kariri, enquanto “waridza” quer dizer “boca”. A escolha se deve ao fato de os pterossauros filtradores terem dentes finos, como cerdas, bem próximos um do outro, que auxiliam na filtragem de pequenos organismos aquáticos, como crustáceos.

2. Precursor dos crocodilos

Outra descoberta em território brasileiro foi a do Tainrakuasuchus bellator, uma antiga espécie de lagarto gigante, ancestral dos crocodilos modernos, que viveu antes mesmo dos dinossauros. O animal habitava o sul do Brasil há cerca de 240 milhões de anos.

Com cerca de 2,4 metros de comprimento e aproximadamente 60 kg, o réptil tinha um pescoço longo e uma mandíbula fina, repleta de dentes afiados. Por isso, seu nome Tainrakuasuchus bellator, que combina grego, latim e a língua indígena guarani, pode ser traduzido para “crocodilo guerreiro de dentes pontiagudos”.

A descoberta do animal é fundamental para preencher lacunas sobre a era que precedeu a dominância dos dinossauros na Terra. Além disso, a espécie tem parentesco com forma fóssil da Tanzânia, o que fornece novas evidências sobre as conexões entre os atuais continentes africano e sul-americano.

 

3. Dinossauro com espinhos 

Em agosto de 2025, no Reino Unido, cientistas identificaram o Istiorachis macarthurae, uma espécie de dinossauro bastante única, que se destaca por apresentar uma estrutura incomum ao longo das costas e da cauda, caracterizada por espinhos dorsais excepcionalmente longos, similar a uma “vela”.

O nome faz menção justamente a essa característica, combinando a palavra grega “Istiorachis”, que remete à “espinha em forma de vela”, com uma homenagem à velejadora britânica Dame Ellen MacArthur. A equipe responsável pela descoberta reconheceu a esportista, pois a “vela” do dinossauro lembra muito as velas de embarcações.

O animal herbívoro, que viveu há cerca de 125 milhões de anos, foi identificado a partir de fósseis encontrados na Ilha de Wight, no sul da Inglaterra. Inicialmente seus restos foram atribuídos a outras espécies conhecidas da mesma região, mas a equipe posteriormente percebeu diferenças que indicavam a existência de um novo gênero de dinossauro.

A função exata da crista em suas costas ainda é debatida. Há teorias de que elas serviam para para regulação de temperatura corporal e armazenamento de gordura, mas, a mais aceita é que seu uso se dava como forma de sinalização visual para atrair parceiros.

4. Monstro marinho canadense 

 

Em 1988, o casal Michael e Heather Trask encontrou nas margens do rio Puntledge, na Ilha de Vancouver, no Canadá, restos fossilizados, na época, indecifráveis.

Com 12 metros de comprimento e dentes fortes e pontiagudos, a criatura se destacava por um conjunto incomum de características que dificultou sua identificação por décadas. Ela foi descrita pela primeira vez em 2002, no entanto, os pesquisadores hesitaram em atribuir-lhe uma nova classificação taxonômica.

Esse ano, porém, o mistério foi finalmente explicado. O animal foi classificado como uma nova espécie de réptil marinho que habitou os oceanos próximos da América do Norte há 85 milhões de anos.

Nomeado como Traskasaura sandrae, em homenagem ao casal que encontrou o fóssil original, a espécie faz parte do grupo dos elasmossauros, répteis de pescoço longo que habitavam os oceanos durante o período Cretáceo.

Ele tinha dentes pesados e robustos, ideais para esmagar suas presas, e uma estrutura de ombros nunca vista em outros plesiossauros com as escápulas se abrindo para baixo. O pescoço tinha possivelmente mais de 50 vértebras, o que lhe conferia grande mobilidade para caçar.

5. Rinoceronte polar, pequeno e sem chifres

Em outubro, um estudo descreveu pela primeira vez uma espécie de rinoceronte pequeno e sem chifres que habitou o Ártico canadense há 23 milhões de anos. 

Os ossos fossilizados do Epiaceratherium itjilik foram descobertos ainda na década de 1980, na Cratera Haughton, localizada na Ilha Devon, em Nunavut, no extremo norte do Canadá.

A região tinha invernos bastante rigorosos, e por isso especula-se que ele pode ter possuído uma camada de pelo protetor contra o frio. Isso explica seu segundo nome “Itjilik”, que significa “frosty” (gelado) em Inuktitut, uma das línguas faladas pelos povos Inuit do Canadá setentrional.

Segundo o estudo, o rinoceronte era pequeno, com dimensões aproximadas às de um pônei, mas ao contrário de muitos rinocerontes, ele não tinha chifre, e tinha quatro dedos em cada pé, em vez dos habituais três.

Ele também tinha um focinho estreito e boca adaptada, para que pudesse se alimentar de folhas de árvores e arbustos.

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